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Think Tank em Implantação de 5G no Brasil

por Rafael Borsanelli - publicado 14/08/2020 18:50 - última modificação 28/03/2023 15:49

Torre de telecomunicaçõesConsiderando os impactos social, econômico e político que a implantação da tecnologia de comunicações de quinta geração – 5G deve provocar nesta e na próxima década, dada a gama de novas aplicações e modelos de negócio que surgirão, considerando a falta de conscientização da sociedade em geral sobre essa tecnologia e suas implicações e considerando que a maioria dos debates são sobre aspectos tecnológicos e disputas de mercado por grandes fornecedoras de equipamentos de telecomunicações, a nova realidade apresentada à sociedade baseada em conectividade, abundância de dados e ubiquidade computacional deve ser debatida à luz da implantação da nova tecnologia.

Dando continuidade às ações da Universidade de São Paulo no tema 5G, a Escola Politécnica, o Instituto de Estudos Avançados e o Instituto de Relações Internacionais se propuseram a criar um fórum permanente de discussão sobre o tema envolvendo a sociedade civil, o governo e a academia.

Objetivo

O objetivo do “Think Tank em Implantação de 5G no Brasil” é elaborar propostas de políticas públicas voltadas aos aspectos sociais econômicos, políticos e de relações internacionais, relacionados com a implantação e disseminação do uso pela sociedade das aplicações baseadas na filosofia da quinta geração de comunicações móveis; bem como a conscientização da sociedade em geral sobre as implicações de seu uso em aplicações em áreas como saúde, ambiente, cidades, negócios, entre outras.

Método

O método proposto para a implantação do Think Tank consiste em uma fase de homogeneização de conhecimentos, seguida de uma fase de estruturação e, por fim, ter-se a operação propriamente dita.

A fase de homogeneização de conhecimento será constituída por cinco mesas de debate abrangendo aspectos sociais, políticos, econômicos e de relações internacionais.  Essas mesas de debates serão montadas com representantes da sociedade civil, do governo, da indústria e da academia. Em cada sessão será produzido um documento síntese elaborado por um relator designado, o conjunto dos cinco relatos será discutido, editado e publicado.

Com base nos resultados dos debates será estruturada a operação do Think Tank, definindo-se o método de trabalho a ser adotado, temas prioritários, stakeholders, produtos e cronograma. Devem participar dessa fase as pessoas que demonstraram interesse durante a fase anterior de homogeneização, respeitando-se a diversidade de opiniões e conhecimento.

Após a estruturação o Think Tank deve iniciar sua operação, na qual o debate e a tomada de posições deve ser perene, sempre considerando a evolução da tecnologia, das padronizações, da implantação em nível mundial e da experiência de uso das novas aplicações baseadas na filosofia do 5G. O Think Tank terá sua base na Universidade de São Paulo, constituído inicialmente de forma colaborativa pela Escola Politécnica, pelo Instituto de Estudos Avançados e pelo Instituto de Relações Internacionais, com sede no Instituto de Estudos Avançados da USP.

 

Integrantes

Cecilia Yamanaka (EP-USP)

Guilherme Ary Plonski (EP, FEA e IEA - USP)

Janina Onuki (IRI-USP)

Liedi Bernucci (EP-USP)

Moacyr Martucci Junior (EP e IRI - USP)

Reinaldo Giudici (EP-USP)

Roseli de Deus Lopes (EP e IEA - USP)

Stefan Salej (Fiesp e Gacint-IRI-USP)

 

Organização dos debates da primeira fase

Deverão ser organizadas cinco sessões de debates cobrindo os aspectos sociais econômicos, políticos e de relações internacionais, procurando-se não focar unicamente os aspectos tecnológicos, mas sempre levando em consideração sua evolução e estado da arte.

As sessões terão duração de duas horas com uma hora de exposição pelos convidados e uma hora de debates, sendo compostas por três debatedores e um moderador, cada debatedor terá 20 minutos para expor suas ideias, seguida de resposta às perguntas do moderador e depois dos participantes. Neste momento de isolamento social, todos os debates serão realizados por videoconferência, através da plataforma do IEA USP.

As sessões previstas são as seguintes:

  • Por que e para que o 5G no Brasil?
    Objetiva discutir, porque e para que a implantação do 5G é interessante ou não para o Brasil, considerando as aplicações verticais como Agronegócio, Cidades Inteligentes, Industria e Saúde.

  • Aspectos Econômicos da Implantação de 5G no Brasil
    Objetiva discutir as implicações econômicas em um cenário de conectividade e ubiquidade, tecendo comparações com o cenário de atraso na implantação das tecnologias 5G no Brasil.

  • Aspectos Sociais da Implantação de 5G no Brasil
    Objetiva discutir as implicações sociais em um cenário de conectividade e ubiquidade computacional, antevendo o impacto na sociedade desse cenário, com aplicações que utilizam massivamente dados e técnicas de inteligência artificial, comparado com um cenário de atraso na implantação das tecnologias 5G no Brasil.

  • Aspectos Políticos da Implantação de 5G no Brasil
    Objetiva discutir as implicações políticas da adoção e implantação do 5G no Brasil, considerando a necessidade de adequação da legislação, da regulação e da relação da sociedade com a tecnologia.

  • Relações Internacionais e a Implantação de 5G no Brasil
    Objetiva discutir a influência das relações internacionais e da diplomacia científica e da inovação na adoção e implantação do 5G no Brasil.

  • Debate de encerramento da fase de homogeneização de conhecimento
    Objetiva discutir em conjunto as opiniões dos debates anteriores, com o objetivo de se ter dados para a estruturação do Think Tank e elaboração do documento final desta fase a ser publicado.