Seminário destaca importância das experiências inovadoras em educação básica
| EMEF Desembargador Amorim Lima, no bairro do Butantã, em São Paulo, reconhecida pelo Ministério da Educação como um dos exemplos de inovação e criatividade na educação básica |
Apesar das inúmeras dificuldades do ensino básico brasileiro, existem diversas escolas públicas e privadas, laicas e confessionais, de boa qualidade, bem como excelentes iniciativas no campo da educação não formal, como a oferecida por museus e centros de ciências, culturais e poliesportivos.
É para tratar da importância desses exemplos que o Grupo de Estudos Educação Básica Pública Brasileira realiza o seminário Escolas e Experiências: O Que se Pode Admirar, Apesar de Tudo? no dia 12 de março, das 9 às 17h, no Auditório IEA (antiga Sala do Conselho Universitário), com transmissão ao vivo pela Internet. Para participar presencialmente é necessário realizar inscrição prévia.
O encontro encerra o ciclo com cinco seminários iniciado em agosto de 2017 para discutir os desafios reais da educação no país: a formação e as condições de trabalho do magistério, os critérios de qualidade, as tecnologias e o marco legal.
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Participarão Kátia Schweickardt, secretária municipal de Educação de Manaus, José Francisco de Almeida Pacheco, coordenador pedagógico dos projetos de formação da Eco Habitare, e Pilar Lacerda, diretora da Fundação SM Brasil.
O objetivo central do seminário é conhecer as experiências inovadoras, os desafios por elas enfrentados e debater as transformações necessárias para que elas deixem de ser minoria na educação pública brasileira. De acordo com o grupo, o que todas essas iniciativas têm em comum é que criam novos conceitos, processos, estruturas e metodologias que reconhecem os interesses e a criatividade dos estudantes; fortalecem a participação e, consequentemente, a responsabilidade, de estudantes, professores, funcionários e famílias; e criam ambientes onde prevalecem a colaboração, a empatia, a transparência e a descentralização.
Os pesquisadores ressaltam que é preciso "superar o problema aparente - causado pela divulgação dos resultados de avaliações periódicas, realizadas por diversas instâncias, nacionais e internacionais - de que o sistema educacional brasileiro é um completo fracasso". Para o grupo, a generalização decorrente dos indicadores divulgados faz com que "a aparência seja a de terra arrasada: não existiriam boas escolas, ou seu número seria quase desprezível; e não é o que efetivamente ocorre".
Em sua opinião, ao conferir mais destaque ao desempenho negativo, os programas governamentais "buscam homogeneizações e simplificações, em vez de aumentar a potência dos múltiplos exemplos de experiências boas, inovadoras e criativas, que precisam ser reconhecidos e amplificados", nos diferentes níveis de ensino.
"O problema real a ser enfrentado é, portanto, encontrar caminhos e estratégias para que as boas organizações sejam reconhecidas, articuladas e, além de inspirar outras escolas e programas, possam oferecer subsídios para que se eliminem as barreiras a sua multiplicação, transformando as condições de trabalho do magistério e demais profissionais envolvidos, o marco legal que regulamenta a educação básica no país, os critérios de qualidade e os instrumentos para sua verificação."
Programação
Escolas e Experiências Inovadoras: O Que se Pode Admirar, apesar de Tudo?
12 de março, das 9 às 17h
Auditório IEA (antiga Sala do Conselho Universitário), Rua do Anfiteatro, 513, Cidade Universitária, São Paulo
Evento gratuito - Inscrição prévia para participação presencial - Transmissão ao vivo pela internet
Mais informações: Cláudia Regina Pereira (clauregi@usp.br), telefone: (11) 3091-1686
Página do evento
Foto: EMEF Desembargador Amorim Lima