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Constantes Matemáticas Universais, Esferóides, Handaxes e Reconhecimento Facial de Primatas

por Jorge Paulo Soares - publicado 22/11/2024 10:00 - última modificação 02/12/2024 12:29

Vários pesquisadores já notaram a relação entre o comprimento e a largura dos bifaces acheulenses formando a 'Secção Áurea' (Phi). Expressões de constantes matemáticas Universais foram encontradas em amostras aleatórias de bifaces (Boxgrove): 2 (simetria); pi (formato do base); Phi (ângulos de ponta e seções da Elipse Dourada). Porém, a avaliação de um formato imposto sobre pedra exige que o artefato seja algo feito com esmero e não um mero cobble modificado, mas falta na literatura uma definição explícita de um “handaxe elaborado com esmero”. Sugere-se quatro critérios básicos: uma ponta formada por duas ‘lâminas’ trabalhadas; tamanho mínimo; evidência de lascas em todos os lados e prova do esforço investido (quantidade de cicatrizes visíveis). Se um artefato satisfaz esses critérios e há evidência de formatos geométricos, a pergunta que se levanta é: por que esta atração? Os rostos dos primatas – tanto no Novo quanto no Velho Mundo – tendem a se conformar a um formato básico que utiliza as mesmas constantes, sendo simétricos, com o ângulo da boca em relação aos olhos em 36 graus (expressão de Phi). Esta geometria básica indica um rosto, exigindo mais atenção para determinar espécie, gênero, grupo social, agressão, etc. As zonas cerebrais utilizadas no reconhecimento facial tanto para macacos como para humanos são muito semelhantes: o Giro Fusiforme Frontal Direito (RFFG), também usado na fase inicial de planejamento de ferramentas achuelenses. A função de um artefato feito com tanta dedicação possivelmente se relaciona com a necessidade de obter ácidos graxos de uma fonte maior: proboscídeos.


Participantes:

Walter Neves

Alan Cannell



22/11/24 10:00

Duração:

1 hora e 14 minutos.


 

Local:

Sala Alfredo Bosi
Rua Praça do Relógio, 109  -  Cidade Universitária / São Paulo