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A importância dos povos indígenas e comunidades locais para a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos

por Fernanda Rezende - publicado 17/11/2015 00:00 - última modificação 28/01/2016 10:19

Seminário reuniu informações sobre visão e práticas de indígenas e comunidades locais em relação à biodiversidade; subsídios integrarão diagnóstico a ser produzido a pedido de organização intergovernamental.
Seminário IPBES
Manuela Carneiro da Cunha, coordenadora do seminário

As relações de vários povos indígenas e comunidades locais com o meio ambiente revelam grande variedade de estratégias e ações com o intuito de preservar e restaurar a biodiversidade e os serviços de ecossistemas. Graças à sua eficácia, esse conhecimento tradicional é cada vez mais valorizado por pesquisadores e formuladores de políticas públicas.

Com o intuito de incorporar esse saber aos diagnósticos sobre a situação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos no Brasil, indígenas, antropólogos, arqueólogos, biólogos, ecólogos e outros especialistas reuniram-se no seminário Povos Indígenas e Comunidades Locais nos Diagnósticos do Painel da Biodiversidade, nos dias 12 e 16 de novembro, no IEA.

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As informações apresentadas e debatidas no encontro subsidiarão os diagnósticos sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos no Brasil que um grupo de pesquisadores está produzindo para a Plataforma Intergovernamental da Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês). Essa avaliação integrará um documento com diagnósticos gerais sobre as Américas.

Segundo a coordenadora do seminário, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha (da FFLCH-USP e da University of Chicago, EUA), o IPBES é análogo ao Painel do Clima (IPCC) mas a sua grande inovação é que, desde sua origem, insiste que seus diagnósticos incorporem os conhecimentos de povos indígenas e comunidades locais sobre a biodiversidade, seu valor, seu uso e as pressões que a afetam.

Biodiversidade e Serviços de ecossistemas

Criado em 2012, a Ipbes é uma organização intergovernamental destinada a fortalecer a interface ciência–políticas públicas para a biodiversidade e os serviços de ecossistemas e dessa forma "promover a conservação e uso sustentável da biodiversidade, o bem-estar humano em longo prazo e o desenvolvimento sustentável". Seus pesquisadores representam os governos de 124 países. A plataforma tem como parceiros quatro organismos das Nações Unidas: UnepFAOUNPDUnesco.

Foto: Leonor Calazans