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As múltiplas possibilidades da mediação artística

por Sylvia Miguel - publicado 24/01/2017 14:15 - última modificação 12/04/2017 08:19

Seminários realizados em quatro estados promovem intercâmbio profissional e diálogo com os públicos das artes

Encontros Interestaduais de Mediação na Arte Contemporânea: A Atuação dos Públicos foi um dos projetos selecionados no 12º edital do programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais. Proposto pelo Grupo de Pesquisa Fórum Permanente, associado ao IEA desde 2013, o projeto buscou o intercâmbio entre profissionais do campo artístico e o diálogo com os públicos das artes.

Mediação Cultural Fórum Permanente - IEA

Papel da tradução na mediação cultural foi tema de abertura, no IEA

Abertas ao público, as oficinas aconteceram nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal, entre julho e novembro de 2016. Com o aporte total de R$ 1,65 milhão para projetos culturais, ou R$ 75 mil para cada projeto, o programa do Fundo Nacional de Cultura do Ministério da Cultura visa, entre outros objetivos, à promoção do intercâmbio cultural entre os estados brasileiros e a valorização da diversidade, da experimentação e da transversalidade de linguagens artísticas, culturais e educacionais.

As reuniões iniciais de trabalho foram realizadas em São Paulo entre julho e setembro de 2016, quando também começaram as primeiras apresentações no IEA e no Instituto Tomie Ohtake. “Cultura e participação: a política cultural do Instituto Tomie Ohtake em mediação”; a “Mediação cultural e seus processos de tradução”, e o lançamento do Periódico Permanente nº 6, da plataforma Fórum Permanente, foram algumas das atividades realizadas na capital paulista.

A Casa Porto das Artes Plásticas, em Vitoria (ES), recebeu as atividades nos dias 19 e 20 de outubro, com uma programação voltada ao aprofundamento da questão do papel dos museus como mediadores institucionais da arte. Também no dia 20, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (RJ) trouxe experiências sobre a educação artística em equipamentos culturais, reflexões sobre políticas curatoriais e o papel do artista entre o mercado e a academia.

Brasília fechou a programação, nos dias 23 e 24 de novembro, no Memorial Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), focando a questão dos públicos e dos chamados “contrapúblicos”, além de experiências sobre apropriações de espaços culturais e artísticos.

Toda a programação, bem como os relatos críticos e os vídeos dos encontros estão postados no site da plataforma Fórum Permanente.

 

Mesas redondas no IEA e no Tomie Ohtake

Mediação Cultural Fórum Permanente - ITO

No Tomie Ohtake, política cultural de mediação da arte por meio da educação participativa

No dia 13 de setembro, os convidados falaram da experiência com a tradução dos textos publicados no Periódico Permanente nº 6, lançado durante o debate no IEA-USP. Os mediadores-tradutores Lucas Oliveira, (MASP), Mônica Hoff, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Thais Olmos (MASP) e Valquiria Prates, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostraram como os textos em questão contribuíram para suas pesquisas sobre prática em mediação. A mesa “Mediação Cultural e seus Processos de Tradução” contou com a participação de Martin Grossmann, coordenador do grupo de pesquisa no IEA e ex-diretor do Instituto; e Cayo Honorato e Diogo de Moraes, mediadores-editores desse número da revista.

Ao longo de três horas, algumas linhas centrais foram delineadas, como a questão conceitual da tradução, que trouxe à tona códigos e contextos-chave para a elaboração dos discursos de mediação. A perspectiva representativa evidenciou problemas de não-representatividade em narrativas institucionais. A questão pragmática, por sua vez, mostrou ações possíveis para a elaboração de contextos das práticas de mediação.

No dia 14, o tema “Cultura e participação: a política cultural do Instituto Tomie Ohtake em mediação” foi discutido por  Felipe Arruda, do Tomie Ohtake, Marcia Ferran, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Diogo de Moraes, mestrando no programa de Poéticas Visuais da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e artista visual vinculado ao Sesc-SP, além de Gilberto Mariotti, do grupo Fórum Permanente e professor da Escola da Cidade.

Arruda mostrou, por exemplo, alguns critérios condutores das ações do núcleo de Cultura e Participação que ele dirige no instituto. Ação e pesquisa educativa são eixos centrais do núcleo, cujo trabalho não prescinde de um mapeamento de tipologias ou categorizações de público para o qual são pensados. Os programas seguem um modelo educativo, reconhecido como exemplar e de excelência pelos públicos produtores e consumidores de arte. O diretor descreveu ainda as linhas norteadoras dos projetos socioculturais, dos cursos e das premiações.

 

Os diálogos possíveis entre pessoas e espaços

Mediação Cultural Fórum Permanente - Vitória

A arquitetura na mediação da arte e a apropriação de espaços museológicos foram debatidos em Vitória

O encontro em Vitória (ES), nos dias 19 e 20 de outubro, trouxe como eixo principal o relacionamento dos públicos de arte com os mais variados tipos de espaços artísticos, públicos ou privados, e museus. A Casa Porto das Artes Plásticas sediou os debates.

“As Inter(faces) da arquitetura e do espaço público – a arte e seus públicos” foi o tema coordenado no dia 19 por Raquel GarbelottiYiftah Peled, do grupo de pesquisa Diálogos entre Sociologia e Arte (DISSOA), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Vitor César (Grupo Inteiro, da Escola da Cidade, de São Paulo) e Raquel Garbelotti (DAV/ UFES) foram os palestrantes. A mediação foi de Yiftah Peled e Diego Ryck.

Vitor César, que é designer gráfico, arquiteto e artista, contou que mescla esses campos em seus trabalhos artísticos e para exemplificar mostrou algumas exposições realizadas com o Grupo Inteiro, em São Paulo. A obra “Condutores”, exibida no MASP, por exemplo, foi uma instalação desse coletivo cultural. Formada por peças da estrutura interna de ônibus, uma arquibancada, um espaço de debate e também de um trepa-trepa, a exibição buscava refletir sobre as condutas do corpo humano na cidade, ou, como a arquitetura e os espaços podem delinear padrões de comportamento e conduta.

O tema “Museus como interface” foi discutido na mesa da tarde e teve como convidados Cauê Alves (MuBE),  Renan Andrade (MAES),  Marcia Ferran (UFF). A mediação foi de Stela Maris Sanmartin, professora do departamento de Linguagens, Cultura e Educação da UFES, e Aline Dias, professora do departamento de Artes Visuais também na UFES.

Cauê Alves, por exemplo, falou da inserção do MuBE no contexto atual da cidade de São Paulo, tendo em vista seu passado e projeto original. Denominado originalmente de Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, o espaço, inaugurado em 1995, está passando por uma fase de recuperação financeira e retomada dos conceitos que nortearam a sua criação, mostrou Cauê Alves.

“Muitos artistas estão empolgados com o fato do MuBE voltar a pertencer à cidade, já que o local vinha sendo mais conhecido pelos eventos que realizava do que propriamente como espaço de diálogo da arte brasileira com o público”, disse.

O resgate do projeto original vem sendo conduzido por um grupo de artistas, colecionadores de arte, curadores e empresários que se uniram para “devolver” o equipamento ao público, segundo Cauê Alves.

Encravado no bairro nobre dos Jardins, na capital paulista, o museu teria como destino “abrigar uma notícia de paisagem”, conforme a concepção do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Sua área expositiva interna, de 1.400 metros quadrados, é relativamente modesta comparada aos 7.000 metros quadrados da área expositiva externa, onde um jardim projetado por Burle Marx ganhou a presença das mesmas esculturas há quase 20 anos.

“A ideia é tornar itinerante a exposição dessas esculturas e assim abrir o jardim para outros artistas, privilegiando novamente a área externa e o retorno do sentido ecológico presente no projeto original”, disse Cauê.

No dia 20, foi apresentada a mesa redonda “Alternativas para mediação institucional em espaços independentes e agenciamentos do artista”, que teve como convidados Ricardo Basbaum, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Yiftah Peled (Contemporão e DAV-UFES), e a mediação de Raquel Garbelotti e Ricardo Maurício Gonzaga.

 

O público como ator da cena artística

Mediação Cultural Fórum Permanente - Niterói

As maneiras de olhar e de promover a mediação foi tema no MAC de Niterói

Os debates em Niterói (RJ), realizados no dia 20 de novembro no Museu de Arte Contemporânea (MAC), discutiram a “Mediação e a atuação dos públicos”. Nos circuitos relacionados às artes visuais, o termo mediação corresponde aos sujeitos que promovem a interface entre objetos de arte e seus públicos. Em geral, as ações desses sujeitos estão relacionadas às práticas e estratégias pedagógicas.

Também podem ser considerados elementos mediadores os textos críticos e curatoriais, notícias divulgadas pelos meios de comunicação, a museografia e a própria arquitetura dos espaços expositivos, entre outros. Nesse contexto, os pesquisadores e artistas convidados questionaram o sentido da arte, a participação e recepção da arte, os agenciadores, os tipos de mediações necessárias e possíveis, entre outras questões.

Três mesas redondas foram realizadas ao longo do dia. “Artistas, mediação e etceteras...” trouxe os relatos dos artistas nos papéis de mediadores e ativadores de arte e da cultura, em que usam como veículo a própria obra, a crítica e as experiências no campo da educação. Estiveram na primeira mesa Raquel Garbelotti (UFES), Ricardo Basbaum (UERJ e UFF), a artista Bianca Bernardo e Marcia Ferran.

Marcia Ferran contou que o título da mesa “Artistas, mediação e etcteras” foi inspirado no livro “Manual do artista-etc”, de Ricardo Basbaum, em que o autor pensa o transbordamento da figura do artista para além da função de produtor de objetos de arte, tornando-se agenciador, curador, crítico etc. A mesa reuniu artistas com práticas que convergem para o agenciamento, de forma que foi possível refletir a mediação como parte intrínseca do processo criativo e artístico. Sendo assim, a mediação da arte pode ser realizada pelo e/ou com os públicos, e não unidirecionalmente “para os públicos”, mostraram os debatedores.

Na segunda mesa, “Educação e brechas das instituições”, os expositores apontaram as diversas possibilidades dialógicas entre educação, museus e cultura. Foram abordados tópicos como a curadoria multiautoral e as experiências de gestores e curadores com a ativação da arte na educação básica. Participaram Jorge Menna Barreto, professor da UERJ e integrante da 32ª Bienal de São Paulo, Janaína Melo (Educação MAR-RJ) e Adriana Russi (UFF), além de Felipe Arruda, diretor do núcleo de Cultura e Participação no Instituto Tomie Ohtake.

“Fórum do zero ao zero: perguntas geradoras de mundos possíveis”, mesa que encerrou esse encontro, debateu políticas curatoriais e suas relações com o público e a arte. Participaram Diana Kolker e Karen Aquini, ambas da Universidade Federal Fluminente (UFF), além de Luiz Guilherme Vergara, professor da UFF.

 

Apropriação de saberes e políticas culturais

Mediação cultural Fórum Permanente - Brasília

Públicos e realidades sociais na interlocução artística foram temas em Brasília

No dia 23 de novembro, o Memorial Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB) sediou o seminário “Público e mediação cultural”, que contou com duas mesas redondas. Na primeira, os convidados Diogo de Moraes, da USP, Graziela Kunsch, da Vila Itororó-SP, e Ilana Goldstein, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), abordaram o tema “Públicos e contrapúblicos”, com mediação de Tatiana Fernández, da UnB. Wandré Silva, também da UnB, fez a relatoria crítica deste debate.

O tema “Projeto x apropriações: outros saberes, outras histórias” foi trabalhado na segunda mesa por Adriana Russi (UFF), Cristiane Portela, professora do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), José Jorge de Carvalho (Unb) e  Luiz Carlos Pinheiro Ferreira (UnB). O relato crítico foi feito por Narla Skeff (UnB).

A programação do dia 24 de novembro abriu com uma “mesa itinerante”, nucleada por Danilo PiermateiNarla SkeffWandré SilvaYuri Farias , todos da UnB, que tratou do tema “Conversa pública – Entre passeios e ocupações”. A segunda mesa redonda tratou de “Criatividade x revolução: perspectivas artítico-educacionais”, com a participação de Stela Sanmartin (UFES), Felipe Canova Gonçalves (UnB) e Cayo Honorato (UnB). Danilo Piermatei (UnB) ficou encarregado da relatoria crítica.

“Mediação cultural e políticas culturais” foi o tema da mesa de encerramento, com palestras de Lucia Maciel de Oliveira, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, pesquisadora participante do programa Ano Sabático do IEA e integrante do Grupo de Pesquisa Fórum Permanente do IEA, Mônica Fonseca, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia ligada ao Ministério da Cultura (Minc), e Renata Bittencourt, da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC) do MinC. A mediação foi de Thérèse Hofmann (UnB). Yuri Farias (UnB) foi o relator crítico.

“Como os equipamentos culturais são potencializadores de repertório? Qual a função desses equipamentos? Como eles se inserem nas dinâmicas culturais de forma a terem relevância?”. Essas perguntas, uma provocação e um convite à reflexão, foram feitas pela professora Lucia Maciel, logo após a exibição de seu filme-ensaio, com produção em andamento.

De caráter experimental, o filme é uma reflexão sobre as políticas culturais no Brasil e está relacionado às pesquisas que Lúcia Maciel vem empreendendo no IEA, no âmbito do programa Ano Sabático do IEA.

Intitulado “Dinâmicas, Flutuações e Pontos Cegos”, o filme busca evidenciar a falta de conexão e diálogo entre as políticas, as ações e os equipamentos culturais na cidade de São Paulo. Porém, suas inquietações de pesquisa podem se estender às políticas culturais em muitos outros centros urbanos, observou a professora.

Mônica Fonseca, do Ibram, falou do Programa Nacional de Educação Museal (PNEM) abordando as diretrizes de aproximação popular e participação dessa política pública nacional implementada em 2003. Seus objetivos são o de incentivar e fortalecer a educação em museus e subsidiar a atuação dos educadores dentro desses espaços. O próprio programa foi construído e sistematizado de forma participativa, mostrou Mônica.

Na terceira e última palestra da tarde, Renata Bittencourt, da SCDC/Minc, abordou a imagem do negro construída ao longo da história da arte e sua relação com olhares atuais e realidades sociais específicas. As representações, leituras e traduções em obras representando negros ou a partir de obras feitas por negros dentro da historia da arte evidenciam relações políticas, religiosas, de gênero e, finalmente, de poder, mostrou.

A problematização desse imaginário construído em torno do negro leva à reflexão sobre o que é um programa de Estado e um programa de governo, lembrou Renata. Ela enfatizou que a sociedade precisa de políticas públicas mais perenes e efetivas, não pautadas simplesmente por conjunturas políticas e agendas de “transições”.

 

DEPOIMENTOS

“A temática e a diversidade de participantes enriqueceu muito o encontro. O formato dos debates permitiu a todos acompanhar bem as discussões e favoreceu as trocas não só entre os interlocutores como também com o público presente. Além disso, os registros estão disponíveis na plataforma do Fórum Permanente.
Em Brasília, abordei o tema de minha pesquisa sobre coleções etnográficas, cujo objetivo é olhar criticamente para um público diferente que se relaciona com museus, que são os indígenas. Muitos deles são convidados para visitar a reservas técnicas de museus e com isso ajudam a pensar melhor a expografia e até os conteúdos das fichas catalográficas. Outras instituições trabalham a curadoria compartilhada com povos tradicionais. O resultado é um diálogo menos hierarquizado entre os espaços museológicos e esses produtores de saber tradicional. A valorização da cultura indígena, ao fim, é um ganho para toda a sociedade. Muitas instituições gostariam de intensificar essas iniciativas colaborativas e conferir maior protagonismo aos povos tradicionais. Infelizmente, há poucos profissionais e poucos bolsistas para esse trabalho”.
(Adriana Russi Tavares de Mello - Universidade Federal Fluminense)

 

"As diferentes perspectivas dadas ao tema proposto permitiram alargar conceitos. A mediação artística foi abordada sob o ponto de vista artista/obra/público; artista/instituição; instituição/público; instituição/bairro/cidade e mediação como ação educativa.
A diversidade de abordagens sobre mediação foi enriquecedora, como vimos em Vitória, onde um coletivo de artistas apresentou suas obras e discutiu a relação com o público e com as instituições culturais, evidenciando quanto o espaço pode influenciar na interação do público com a obra.
Os encontros promoveram um importante intercâmbio cultural e seus resultados poderão ser acessados e difundidos amplamente pela web. Pessoalmente, pude trocar experiências com vários profissionais, abrindo a perspectiva de parcerias e novos projetos."
(Stela Maris Sanmartin - Universidade Federal do Espírito Santo)

 

"Os Encontros serviram à oxigenação das reflexões em torno da mediação, com a contribuição de pesquisas e práticas de distintos agentes, com diferentes perspectivas, alimentando um processo essencial para a reinvenção das atuações nesse campo. Campo que está em constante disputa e revisão, no qual a atuação dos públicos é tema central, pois deve ser interesse primordial quando se pretende fomentar relações entre arte, cultura e pessoas".
(Felipe Arruda - Instituto Tomie Ohtake)

 

"Estimulante o encontro face a face e as pesquisas com resultados recentes (como a dos índios em Oriximná e aborígenes na Austrália). Diferentes contextos das capitais culturais foram revelados e problematizados. A disponibilização dos conteúdos dos debates online deixa lastro à resistência da diversidade cultural como campo para a mediação da arte. A participação do público reacende o embate entre o “comum” e o “disciplinar”, que abordei especificamente em minha fala no encontro em São Paulo, onde também expus elementos sobre o papel da arquitetura museal e os limites do monumental. O desejável agora é “regar” em curto prazo os diálogos despertados e as novas vozes ouvidas.
A expansão para cidades fora de São Paulo expande os temas já estruturados no Grupo de Pesquisa do Fórum Permanente. Artistas e não-artistas vêm se questionando sobre todo o sistema da arte e em especial sobre o papel dos museus na arte contemporânea, e assim teoria e prática se tocaram".
(Márcia Ferran - Universidade Federal Fluminense)

 

Imagens: 1-Leonor Calasans/IEA; 2-Diego de Kerchove/Fórum Permanente; 3 e 5-Leonardo Assis/ Fórum Permanente; 4-marcosrg/Flicker