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Especialista explica produção de fármacos e biofármacos

por Thais Cardoso - publicado 19/04/2022 13:25 - última modificação 19/04/2022 13:25

Em entrevista ao USP Analisa, diretor da Embrapii em Ribeirão destacou ainda a importância do setor industrial nesse processo

A unidade da Embrapii aprovada recentemente para funcionar em Ribeirão Preto vai atuar na produção de fármacos e biofármacos. Na segunda parte da entrevista exibida pelo USP Analisa nesta semana, você vai entender a diferença entre esses dois produtos e também as consequências positivas da relação entre universidade e indústria. O entrevistado é o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e diretor-geral da unidade, Fernando de Queiroz Cunha.

Ele explica que o passo inicial para a produção de fármacos e biofármacos é basicamente o mesmo: entender a ação do vírus no corpo. Em seguida, os pesquisadores buscam um alvo e uma substância que atue nesse alvo. Ela pode ser uma molécula química, no caso dos fármacos, ou um anticorpo, por exemplo, no caso dos biofármacos.

“Eu vou dar um exemplo de uma pesquisa que fizemos aqui no CRID [Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias]. Todo paciente que morre de covid tem uma enorme lesão no pulmão. Nós mostramos que uma enzima, uma molécula chamada NET, é a mediadora ou causadora dessas lesões. E então nos perguntamos: será que se bloquearmos essa enzima, vamos evitar essas lesões? Mostramos isso em células de pacientes e em modelos experimentais. Aí partimos para o passo seguinte, que era buscar uma substância para fazer esse bloqueio”, conta ele.

O docente destaca que, embora a universidade tenha um papel fundamental nesse processo, o setor industrial também tem grande importância, pois é ele quem vai viabilizar a produção em escala dessa substância.

“Quando a indústria começa a se aproximar da universidade por um motivo ou por outro, vai aumentando o conhecimento. E não só o conhecimento, a confiança entre um e outro, entre o setor da universidade e o setor industrial. Agora, essa relação tem frutos. E quem ganha? Ganha a indústria, ganha a universidade e, certamente, ganha a sociedade”, destaca.

O USP Analisa é quinzenal e leva ao ar nesta sexta, às 16h45, um pequeno trecho da entrevista, que pode ser acessada na íntegra nas plataformas de podcast Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.

O programa é uma produção conjunta do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP e da Rádio USP Ribeirão Preto. Para saber mais novidades sobre o USP Analisa e outras atividades do IEA-RP, inscreva-se em nosso canal no Telegram.