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IEA completa 35 anos esta semana

por Fernanda Rezende - publicado 27/10/2021 11:00 - última modificação 29/10/2021 16:59

Atividades comemorativas do 35º aniversário do IEA e atribuições que permanecem desde sua criação.

No dia 29 de outubro, o IEA completa 35 anos. A história do Instituto será contada em um livro, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2022. Também serão realizados um ciclo de seminários prospectivos para (re)posicionamento do IEA nos novos tempos e uma série de oficinas internas com os mais de 40 grupos de pesquisadores em atividade (entre cátedras, centros de síntese, grupos de pesquisa e de estudo, núcleos de apoio à pesquisa, observatório e sabáticos) para avaliação do impacto das suas atividades.

"Ao comemorar o 35º aniversário, o IEA rende homenagem ao professor José Goldemberg, então reitor da USP na época da criação, que teve a visão do potencial desse modelo para alavancar a interdisciplinaridade na Universidade e para contribuir à sua projeção internacional. Reconhece também os dirigentes, pesquisadores, colaboradores e servidores que fizeram essa iniciativa pioneira florescer, crescer e se consolidar, tornando o IEA uma referência global na comunidade dos mais de 100 institutos ligados a universidades", avalia o diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski.

O IEA foi criado a partir da Resolução n° 3.269, assinada por Goldemberg. As atribuições do Instituto, estabelecidas à época, ainda se mantêm como diretrizes de suas atividades. Elas são descritas no texto “O mais Jovem Instituto da USP”, publicado na primeira edição da revista “Estudos Avançados”, no quarto trimestre de 1987, e têm como base o documento "IEA-USP: Uma Proposta de Trabalho", elaborado no primeiro semestre de 1986 pelo grupo de estudos encarregado de definir as condições de implantação do Instituto. Entre as atribuições, destacam-se:

  • favorecer novas ideias, resultantes do convívio, do confronto e da interação entre as diversas áreas de trabalho intelectual;
  • realizar trabalhos de pesquisa e atividades pertinentes a questões fundamentais do pensamento científico e da cultura em geral, privilegiando a interdisciplinaridade, visando ao aprimoramento e à atualização da docência e da pesquisa;
  • incentivar estudos sobre políticas de desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da cultura em geral, bem como sobre o uso social do conhecimento, tendo em conta a melhor articulação entre a Universidade e a sociedade.

Criado a pedido de Goldemberg, o grupo de estudos que idealizou o IEA era formado pelos professores Alberto Carvalho da Silva, Alberto Luiz da Rocha Barros, Carlos Guilherme Mota e Roberto Leal Lobo, posteriormente substituído por Gerhard Malnic.

Durante o primeiro semestre de 1986, o grupo realizou consultas à comunidade, análises de propostas e levantamentos históricos sobre outros institutos similares existentes internacionalmente. Em agosto daquele ano, sintetizando os trabalhos empreendidos, foi apresentado à comunidade acadêmica um documento de trabalho que se constituiu no norteador da filosofia geral do IEA.

O primeiro Conselho Diretor era formado por Carlos Guilherme Mota (diretor), Gerhard Malnic (vice-diretor), Alfredo Bosi, Herch Moyses Nussenzveig, José Galízia Tundisi e Paul Israel Singer.

Antes mesmo da formalização do Instituto, o grupo promoveu eventos históricos. Um deles foi o realizado em agosto com Raymundo Faoro, que fez a conferência "Existe um pensamento político brasileiro?". Considerada a atividade inaugural do IEA, deu origem a um artigo publicado no primeiro número da revista Estudos Avançados, em 1987.

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