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Jeffrey Lesser não crê que recessão econômica leve a conservadorismo

por Mauro Bellesa - publicado 04/11/2015 10:05 - última modificação 04/11/2015 11:13

Jeffrey Lesses é um dos entrevistados da revista argentina "Veintitres" em artigo sobre rumos eleitorais na América do Sul.
Jeffrey Lesser
O historiador Jeffrey Lesser

No artigo "El giro conservador", publicado no site da revista argentina "Veintitres", o jornalista Alfredo Grieco y Bavio destacou comentários do historiador Jeffrey Lesser, professor visitante do IEA, sobre a existência ou não de vínculos entre crises econômicas  e rumos eleitorais na América do Sul.

Lesser disse à publicação que nas democracias sempre há lados mais ou menos conservadores e afirmou não acreditar que crises econômicas gerem conservadorismo: "Como historiador, sempre lembro que os movimentos de esquerda (por exemplo: em Cuba e na Nicarágua, e mais recentemente na Venezuela e no Equador) surgiram de crises econômicas".

"No caso do Brasil", disse Lesser, "é importante lembrar que a crise econômica (ou melhor, o ciclo econômico) começou antes da reeleição da presidente Dilma Rousseff, ou seja, não é possível que a crise tenha criado um giro conservador, já que Aécio Neves não ganhou a eleição".

Grieco y Bavio escreveu o artigo à luz do resultado do primeiro turno da eleição presidencial argentina, realizado no dia  25 de outubro, quando foi definido que pela primeira vez haverá segundo turno no país.. No texto, ele articula as opiniões de analistas políticos sobre o atual momento da América do Sul, onde alguns vêem "uma maré baixa" da chamada "Onda Rosa" (vários governos de centro-esquerda desde o início dos anos 2000) em consequência da recessão econômica, vinculação refutada por outros, como Lesser.