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Seminário internacional discutirá pesquisas sobre a maternidade negra na escravidão e na emancipação

por Mauro Bellesa - publicado 02/05/2024 11:45 - última modificação 08/05/2024 17:35

O seminário internacional Gênero, Escravidão e Liberdade: Perspectivas da Historiografia Brasileira será realizado nos dias 28 e 29 de maio, das 9h às 17h, na Sala do Conselho Universitário da USP, com organização do Grupo de Pesquisa Escravidão, Gênero e Maternidade do CNPq e do IEA.

Vendedora de Bananas
''Vendedora de Bananas'', foto de Randolfo Lindermann (Cartões Postais/Fundação Gregório de Mattos)

As pesquisas brasileiras que conectam a perspectiva das relações de gênero com a história da escravidão e da aquisição da liberdade serão debatidas no seminário internacional Gênero, Escravidão e Liberdade: Perspectivas da Historiografia Brasileira, nos dias 28 e 29 de maio, das 9h às 17h, na Sala do Conselho Universitário da USP.

O encontro é organizado pelo Grupo de Pesquisa Escravidão, Gênero e Maternidade do CNPq, sediado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em parceria com o IEA. Haverá três conferências e cinco mesas-redondas, envolvendo 19 pesquisadores de oito universidades brasileiras, Fiocruz e das Universidades de Lancaster (Reino Unido), Georgia (EUA), Chicago (EUA) e Lausanne (Suíça) [veja a programação completa]. Para participar presencialmente é preciso fazer inscrição online. Haverá transmissão ao vivo pela internet (sem necessidade de inscrição).

De acordo com o grupo de pesquisa, a historiografia internacional, destacadamente a anglofônica, produziu importantes estudos sobre as intersecções entre gênero e escravidão e, mais recentemente, suas implicações sobre a maternidade. Esses trabalhos procuram compreender como as mulheres escravizadas foram levadas a desempenhar papeis centrais na produção e na reprodução da riqueza escravista nas Américas.

No caso da historiografia brasileira, os pesquisadores identificam avanços metodológicos, temáticos e teóricos nos últimos anos. Esses progressos envolvem estudos sobre questões relacionadas à maternidade escravizada e às experiências das mulheres negras na escravidão e na emancipação. Um tema de destaque nessas pesquisas tem sido “a centralidade do ‘ventre’ nos processos de estabelecimento da escravização e no processo de abolição gradual”.