No início do século 20, simultaneamente ao estabelecimento da fotografia, popularizou-se a prática de fotografar indivíduos doentes. Por um lado, esse recurso foi fundamental para caracterizar — e diagnosticar — doenças tropicais. Por outro, podia depreciar e diminuir os portadores. O objetivo de refletir sobre a construção histórica da medicina tropical e os indivíduos por ela subjugados motivou a idealização do encontro Representações Fotográficas de Doenças Tropicais: Ambivalências e Tensões Sociais, que acontece no dia 24 de maio, às 14h. O evento é público e gratuito, com transmissão ao vivo pela web. Os interessados em participar presencialmente devem se inscrever previamente.
A prática de fotografar pessoas doentes, segundo os organizadores, se justificava pela concepção de que a fotografia era o resultado objetivo da neutralidade da máquina, documentando a realidade sem a intervenção humana. Durante o evento, eles pretendem analisar algumas fotografias produzidas nesse contexto “buscando uma reflexão sobre a invisibilidade social dos indivíduos, retratados apenas para caracterizar doenças e ressaltar suas anomalias”.
Imagem: Fiocruz
Representações Fotográficas de Doenças Tropicais: Ambivalências e Tensões Sociais
24 de maio, 14h
Sala Alfredo Bosi, Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo
Evento público e gratuito, com transmissão ao vivo pela internet
Para acompanhar presencialmente, é necessário se inscrever
Mais informações: Cláudia R. Pereira (clauregi@usp.br); telefone (11) 3091-1686