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Pesquisadores do IEA participam de publicação especial sobre bioeconomia na Amazônia

por Letícia Martins Tanaka - publicado 24/03/2021 11:20 - última modificação 06/04/2021 17:43

Documento foi coordenado pelo pesquisador colaborador do IEA, Carlos Nobre, e teve colaboração do diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski

O Instituto de Engenharia lançou no dia 23 de março o caderno especial “Amazônia e Bioeconomia”, elaborado para estimular e contribuir com a discussão das oportunidades e desafios brasileiros na bioeconomia. A produção do documento foi coordenada pelo cientista ambiental Carlos Nobre, pesquisador colaborador do IEA, e pelo professor da Fundação Vanzolini, George Paulus. O diretor do IEA Guilherme Ary Plonski e o reitor da USP Vahan Agopyan também colaboraram com o especial. A publicação está disponível no site da entidade para download gratuito.

Capa do livro Amazônia e a BioeconomiaA bioeconomia se baseia na utilização de conhecimentos e recursos da biologia, engenharia e manufatura, propondo uma economia industrial que depende da saúde das florestas e dos rios. O Instituto de Engenharia promove estudos, discussões de políticas públicas e incentiva o aprimoramento do conhecimento desde 1911. Desde então constrói uma rede de profissionais atuantes na valorização da engenharia e nos avanços científicos e tecnológicos do Brasil.

Para Nobre, a publicação é simbólica: “O caderno traz a urgente e disruptiva necessidade de capacitar grandes números da engenharia brasileira para manter a floresta em pé e desenvolver suas potencialidades", disse no evento de lançamento. “Espero que esse material faça novos engenheiros se apaixonarem pela Amazônia, como eu sou apaixonado", completou o pesquisador.

Apresentando a rica diversidade da floresta, infraestrutura existente, condições sociais da população, polos de pesquisa e dados que comprovam a rentabilidade dos produtos nativos da Amazônia Legal, o documento defende a necessidade do Brasil criar uma forma de desenvolvimento econômico na região que permita o país se apropriar da rica biodiversidade amazônica mantendo a floresta em pé.

O caderno também traz ações que podem acelerar a transição para a bioeconomia. Propõe, por exemplo, a articulação dos setores público e privado para o fortalecimento dos investimentos em pesquisa, ensino, ciência e inovação para desenvolver cadeias produtivas sustentáveis e rentáveis ao país e à população local, gerando também o desenvolvimento econômico para os povos da Amazônia. “O Brasil tem condições científicas e tradições de engenharia que podem nos transformar em uma potência exportadora desse modelo de bioeconomia de floresta em pé para todo o trópico”, afirmou Nobre.

O Instituto de Engenharia vai continuar trabalhando o tema do desenvolvimento da Amazônia, realizando uma série de webinars neste ano  para aprofundar os assuntos destacados no especial.