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Em cerimônia de posse, Suzana Herculano-Houzel fará conferência em que refuta ideia de 'sobrevivência do mais apto'

por Fernanda Rezende - publicado 05/05/2023 13:55 - última modificação 09/05/2023 16:14

Suzana Herculano-Houzel  - Posse
Suzana Herculano-Houzel, titular da Cátedra Otávio Frias Filho em 2023-2024
No dia 9 de maio, em cerimônia online às 15h, Suzana Herculano-Houzel tomará posse como titular para o período 2023-2024 da Cátedra Otavio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade. Bióloga e neurocientista, ela sucede o jornalista Muniz Sodré, que ocupou a vaga de 2021 até este ano.

A cerimônia terá a participação de Suzana, Sodré e de representantes das instituições parcerias na Cátedra: o IEA e o jornal Folha de S.Paulo. Veja a programação. A transmissão ao vivo será pelo site do IEA ou YouTube, com inscrição prévia.

Reconhecida por suas pesquisas sobre a evolução do cérebro e divulgação da ciência para a sociedade, Suzana é professora associada dos departamentos de Psicologia e Ciências Biológicas da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, e colunista da Folha. O ciclo coordenado por ela ao longo do próximo ano buscará compreender as relações entre a ciência, a comunicação e a diversidade enquanto elementos contemporâneos fundamentais para a existência da democracia.

A primeira atividade será sua conferência na cerimônia de posse, intitulada Desde que funcione: por uma visão mais otimista da vida onde a diversidade é a norma, na qual argumentará por que a expressão "sobrevivência do mais apto" é, para ela, a mais tóxica que a humanidade já pronunciou.

Suzana explica que, por décadas, cientistas presumiram que as várias formas de vida em geral, e cérebros em particular, seriam "sistemas otimizados ao longo de gerações de adaptação por seleção natural", que levariam à evolução de formas diversas, cada uma "aperfeiçoada à sua realidade como resultado de um processo de sobrevivência do mais apto".

No entanto, a pesquisadora mostra que há uma realidade muito diferente da vida, das suas formas mais simples (a vida unicelular) às mais complexas (a vida em sociedade), passando, claro, por cérebros. São “sistemas auto-organizados, diversos por natureza – porque a biologia nunca é 100% eficiente nem eficaz –, e que se auto-perpetuam, não porque são ‘os melhores’ ou ‘mais aptos’, mas simplesmente porque podem”, diz.

Cátedra

Criada em 2021, a cátedra tem como objetivo promover pesquisas e disseminar conhecimento sobre o papel da comunicação para a manutenção e o constante fortalecimento da democracia, incluindo os direitos das minorias e contra os diferentes tipos de discriminação.

Sob a liderança de Sodré, foram realizados diversos seminários no ciclo O Que É Ser Brasileiro.

Programação

Boas-vindas do coordenador acadêmico da Cátedra, André Chaves de Melo Silva

Palavras do diretor do Instituto de Estudos Avançados, Guilherme Ary Plonski

Palavras da vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda

Palavras do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Paulo Nussenzveig

Palavras do representante da família Frias e diretor de redação do jornal Folha de S.Paulo, Sérgio Dávila

Palavras do catedrático em 2021-2023, Muniz Sodré

Apresentação da Catedrática pelo secretário de redação da Folha de S.Paulo e coordenador adjunto da Cátedra, Vinicius Mota

Conferência da catedrática Suzana Herculano-Houzel: "Desde que funcione: por uma visão mais otimista da vida onde a diversidade é a norma"

Palavras da vice-diretora do IEA, Roseli de Deus Lopes

Palavras finais da pró-reitora adjunta de Inclusão e Pertencimento, Miriam Debieux Rosa