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Restauração florestal contribui economicamente para produção de café na Mata Atlântica, aponta estudo

por Breno Queiroz - publicado 01/03/2024 09:35 - última modificação 14/03/2024 14:42

Resultados indicam que serviços ecossistêmicos impulsionados pelo reflorestamento, entre eles a polinização, proporcionam maior produtividade e compensam os custos associados à restauração

A restauração florestal em larga escala não deve ser mais condenada economicamente pelos custos de plantio de árvores e a perda de área agricultável. Uma nova pesquisa foca nos serviços ecossistêmicos, como a polinização, para afirmar que, na verdade, a prática pode significar um investimento de longo prazo.

Publicado na revista científica norte-americana One Earth, o estudo é assinado por Francisco d’Albertas, doutor em Ecologia pela USP, Luís Fernando Guedes Pinto, engenheiro agrônomo e diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica e Jean-Paul Metzger, professor do departamento de Ecologia da USP, diretor do projeto Biota Síntese e coordenador do Grupo de Estudos de Serviços dos Ecossistemas do IEA. Eles estabelecem um limiar em torno de 25% de cobertura florestal nas fazendas de café como ponto de equilíbrio para que, ao longo de 20 anos, os custos de restauração possam ser compensados pelos benefícios dos serviços ecossistêmicos no aumento da produção.

Os resultados podem impulsionar políticas públicas de restauração florestal, ajudando a combater as mudanças climáticas e a preservar a biodiversidade em um dos biomas mais devastados do território brasileiro. Veja a publicação completa aqui.