Steiner explica novas evidências sobre a natureza dos buracos negros
O astrofísico João E. Steiner, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, é o próximo conferencista do Ciclo Ciência Avançada, comemorativo dos 25 anos do IEA.
No dia 5 de maio, às 17h, Steiner faz a conferência "Buracos Negros: Sementes ou Cemitérios de Galáxias?". O evento acontece no Auditório Oswaldo Fadigas Fontes Freitas do Centro de Computação Eletrônica (CCE) da USP.
Previstos pela Teoria da Relatividade Geral, os buracos negros não passaram de especulações teóricas durante décadas. Steiner lembra que as primeiras evidências indicando que seriam objetos reais surgiram nas décadas de 1960 e 1970. "Hoje sabemos que há buracos negros estelares e os supermassivos, que habitam o núcleo das galáxias."
Na conferência, ele mostrará evidências recentes que indicam que não são nem uma coisa nem outra: "Para entendermos os dois papéis desempenhados pelos buracos negros, devemos pensar que eles coevoluíram."Quando consomem grandes quantidades de gás, os supermassivos transformam-se nos objetos mais luminosos do Universo, os quasares. "Surge então a pergunta: esses objetos são as sementes ou funcionam como cemitérios de galáxias?"
PERFIL
João E. Steiner é titular do Departamento de Astronomia do IAG-USP. Foi coordenador das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, presidente do conselho do Projeto Soar (telescópio instalado no Chile) e diretor do IEA. Atualmente coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Astrofísica, financiado pelo CNPq e pela Fapesp. Suas principais linhas de pesquisa são: quasares, núcleos ativos de galáxias e variáveis cataclísmicas. Já publicou 75 artigos em periódicos especializados e 60 trabalhos em anais de congressos. Integra a Sociedade Astronômica Brasileira, a União Astronômica Internacional, a Academia Brasileira de Ciências e a American Astronomical Society, entre outras instituições.