Plínio Pinto de Mendonça Uchôa Junior
Período de 11 de agosto de 2006 a 10 de agosto de 2007 Projeto: RIPA – Rede de Prospecção e Inovação Tecnológica para o Agronegócio, desenvolvido no Polo de São Carlos. Governo, instituições de pesquisa, iniciativa privada e terceiro setor agora terão um ponto de encontro para troca de informações sobre inovação e prospecção tecnológica no agronegócio. Está sendo implantada no IEA de São Carlos a Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (Ripa), que tem como fundamento o desenvolvimento das diversas regiões do país e o estabelecimento de conexões entre comunidades de prática centradas em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Um dos principais objetivos do projeto é possibilitar a organização de meios e métodos que possam subsidiar o Comitê Gestor do Fundo Setorial de Agronegócio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), formuladores de políticas públicas, bem como tomadores de decisão no estabelecimento de prioridades e na promoção de iniciativas que pressuponham decisões de natureza estratégica e competitiva, dependentes de inovação e prospecção tecnológica. O projeto surgiu a partir de proposta de Sílvio Crestana, pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária, feita em setembro de 2003 no Comitê Gestor do CT-Agronegócio do MCT. O IEA é o executor do projeto, através do IEA de São Carlos, tendo como co-executores a Embrapa Instrumentação Agropecuária, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), a Associação Brasileira de Agronegócios (Abag) e a empresa Listen Local Information System. A Ripa tem financiamento no valor de R$ 1,2 milhão para dois anos proveniente do Fundo Setorial do Agronegócio do MCT. Parcerias estão sendo buscadas para a complementação dos recursos. O coordenador é o professor Sérgio Mascarenhas, que também coordena o IEA de São Carlos. O coordenador executivo é Paulo Estevão Cruvinel, da Embrapa Instrumentação Agropecuária. Os outros integrantes da equipe são: Alysson Paulinelli (representante do setor produtivo no CT-Agronegócio), Ladislau Martin Neto (Embrapa Instrumentação Agropecuária), Rejane Gontow (Ital), Sílvio Crestana (representante da comunidade científica no CT-Agronegócio) e Urbano Campos Ribeiral (Abag). Na visão que orienta o projeto, os elementos de PD&I para o agronegócio incluem pesquisadores, sistemas de inteligência competitiva, redes de financiamento, infra-estrutura tecnológica, suporte institucional e entidades educacionais formadoras de competências. Essas variáveis influem no conjunto do agronegócio e são influenciadas diretamente por ele, em sua concepção mais ampla, bem como por fatores macroeconômicos nacionais e internacionais. Pretende-se que a visão de futuro para auxilio à tomada de decisão e a articulação, via rede, entre instituições e lideranças, venham a proporcionar meios de avaliação científico-tecnológica da inovação e posicionamento estratégico quanto às oportunidades e ameaças ao agronegócio brasileiro. A primeira etapa do projeto é a de planejamento, que compreende: a identificação dos fatores críticos de sucesso, questões estratégicas, necessidades de informação e grupo de especialistas para validação de tais aspectos; realização de entrevistas e painel com o grupo de especialistas; elaboração da estratégia de análise. Os dados coletados serão padronizados e submetidos a softwares específicos para a geração de mapas de conhecimento a serem analisados. A seguir virá a etapa de implementação, dividida em duas fases: 1) diagnóstico e 2) articulação e construção da Ripa. O objetivo da primeira é identificar forças positivas e forças negativas, bem como oportunidades e ameaças da PD&I para o agronegócio. A fase de articulação e construção contemplará: criação de um sistema de inteligência competitiva/estratégica e definição de infra-estrutura mínima para isso; desenvolvimento da taxionomia a ser adotada; identificação das redes de cooperação interorganizacional e análise de como a inter-relação entre seus participantes pode subsidiar as atividades de inteligência e geração do conhecimento; busca de interligação com redes internacionais; construção de um portal corporativo; realização de um workshop em cada macrorregião brasileira (N, NE, CO, SE e S). Realização de um estudo de cenários prospectivos: “Cenário do Ambiente de atuação das Instituições Públicas e Privadas de PD&I para o Agronegócio Brasileiro no Horizonte de 2023; Reuniões Técnicas: Foi realizada de 25 a 27 Junho de 2007 no Estado do Rio de Janeiro o workshop “Ciência e Tecnologia de Alimentos”. Comoresultado do encontro foi proposta a criação da Plataforma em Qualidade, Segurança e Tecnologia de Alimento para o Consumidor. Foi ainda gerado um portfólio de projetos para a plataforma com 18 projetos priorizados; Observatório para o Agronegócio do Brasil: Esta em fase de finalização uma proposta de modelo voltada à implantação do Observatório para o Agronegócio do Brasil; Sistematização e análise de Informação: Para a sistematização das informações prospectadas na fase I da RIPA estão sendo utilizados 2 softwares: o HiperEditor Árvore hiperbólica e o See K; Árvore Hiperbólica: Foram desenvolvidas as arvores da Região Sudeste e da Região Sul e ainda uma árvore contendo as informações referente as plataformas e assuntos críticos que lhe deram origem nas cinco regiões do país; See K: Foi realizado uma pequena “árvore do conhecimento” utilizando-se os participantes do Grupo Gestor Nacional da RIPA . A proposta é utilizarmos o programa na sistematização dos integrantes da Plataforma em Qualidade, Segurança e Tecnologia de Alimento para o Consumidor. Participação em Eventos: Participação em 3 eventos ligados a área do agronegócio. 2004 Legislação, formação de recursos humanos, extensão rural, logística e infra-estrutura foram algumas das áreas identificadas como desafios para a inovação tecnológica para o agronegócio na Região Sul. Os gargalos no setor foram relacionados após uma série de intensos debates no workshop da Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio (Ripa) realizado de 9 a 12 de novembro de 2004 em Londrina, Paraná. O encontro reuniu 112 representantes dos principais setores de oferta e demanda tecnológia para o agronegócio, incluindo pesquisadores de universidades e outras instituições de pesquisas dos três Estados da região, representantes de produtores rurais, associações de cooperativas, trabalhadores rurais e autoridades ligadas à agropecuária e ao ciência e tecnologia, além de convidados de órgões federai O evento contou com a presença de Rodrigo Rollemberg, secretário para a Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia e presidente do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Agronegócio do mesmo ministério. Na sua participação no penúltimo dia do evento, Rollemberg anunciou aos participantes que ainda este ano algumas das sugestões levantadas no encontro serão atendidas pelo fundo. Ele destacou que, eventualmnte, algumas necessidades podem ser atendidas em parceria com outros fundos do ministério, como o de biotecnologia e o de infra-estrutura. A Ripa é um projeto conjunto do Instituto de Estudos Avançados de São Carlos, Embrapa Instrumentação Agropecuária, Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Associação Brasileira de Agronegócios (Abag) e Listen Local Information System. Em 2005 serão realizados os outros workshops do projeto, nas regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O workshop de Londrina teve coordenação geral de Paulo Cruvinel, coordenador executivo da Ripa. Estiveram presentes também o coordenador do Projeto, Sérgio Mascarenhas, e os integrantes da equipe da Ripa Allison Paulinelli (representante do setor produtivo no CT-Agronegócio), Sílvio Cretana (representante da comunidade científica no CT-Agronegócio e pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária) e Ladislau Martin Neto (também da Embrapa Instrumentação Agropecuária). O workshop contou com o envolvimento decisivo dos órgãos de C&T dos três Estados. Participaram do evento Aldair Tarcisio Rizzi, secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superio do Paraná, Évison Córdova, secretário substituto de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, e Jesiel de Marco Gomes, coordenador de Projetos da Fundação de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. O comitê local do workshop foi constituído pela Associação do Desenvolvimento Tecnológico de Londrina (Adetec), Embrapa Soja, Centro de Tecnologia da Indústira de Alimentos (Cetali), Federação das Indústiras do Paraná (Fiep), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Sindicato Rural de Londrina, Sociedade Rural do Paraná e Universidades Estaduais de Maringa e de Londrina. |