Luciana Fukimoto Itikawa

Pesquisadora colaboradora do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. Possui pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (2014-2017) nas áreas Urbanismo, História Econômica e Gênero, como bolsista da CLACSO. Doutorado Direto em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade de São Paulo (2006), com período de pesquisa nas universidades: Columbia University em Nova Iorque e UCLA em Los Angeles, como bolsista da FAPESP (2001-2006). Membro do Conselho Diretor da Women in Informal Employment Globalizing and Organizing (WIEGO) (2018-). Foi docente no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FIAMFAAM/FMU (2014-2020) Escola da Cidade (2019) e professora formadora do Curso de Especialização em Gestão da Educação Pública da UNIFESP (2019). Trabalhou como coordenadora técnica no projeto Trabalho Informal e Direito à Cidade, com financiamento da União Europeia (2011-2013); como urbanista no Instituto Pólis com Raquel Rolnik e Kazuo Nakano (2003-2004), como arquiteta em escritório de planejamento urbano no Japão: Wakatake Machizukuri Kenkyusho (1998-1999). Trabalhou com o prêmio Pritzker Paulo Mendes da Rocha (1993-1996). Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase na Área de Planejamento Urbano, atuando principalmente nos seguintes temas: Cidade e trabalho informais, Gênero, Segregação Urbana e Geoprocessamento.

PROJETO DE PESQUISA NO IEA-USP PROGRAMA CIDADES GLOBAIS

Título do projeto: Mapa da Desigualdade de Gênero no Município de São Paulo

Supervisor: Profa. Dra. Roseli de Deus Lopes

Período: 03/2021 a 03/2026

Os ODSs, como agenda inclusiva e sustentável, colocam a equidade de gênero como uma das questões indissociáveis para a qualidade dos assentamentos humanos entre as demais ações contra a pobreza, proteção do planeta, promoção da paz e prosperidade. Apesar do ODS 5 contemplar os fatores das desigualdades de gênero, cruzamentos de raça são pouco explorados. Ou seja, uma análise que considere não só as variáveis do ODS 5, como os demais ODSs, teria a preocupação em considerar os contextos específicos de um município na periferia do capitalismo em todas suas contradições e desigualdades. Quando estes são confrontados com outros indicadores, é possível avaliar que a variável localização é determinante para sabermos quais são e onde estão as mulheres mais afetadas. A proposta do Mapa de Desigualdade de gênero pode contribuir para identificar onde as desigualdades são mais ou menos intensas e concentradas no território quando sobrepomos as demais vulnerabilidades sociais. A razão pela qual a igualdade de gênero não diz respeito somente às mulheres na agenda urbana global são as crescentes evidências científicas que a melhora na equidade de gênero rebate na sociedade como um todo. A diminuição do abismo entre mulheres e homens aos recursos econômicos, financeiros e naturais influi no progresso de vários indicadores. Para isso, a escolha de métodos estatísticos georreferenciados possibilitará encontrar uma metodologia de síntese dos indicadores ambientais, laborais, demográficos, de violências, infraestruturas e representatividade política. O objetivo, além de servir como referência para formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas, pode ser uma ferramenta de consulta, reivindicação e advocacy de movimentos organizados de mulheres e direitos humanos. Uma vez consciente que não se trata de uma matéria pertinente somente ao Poder Público, o acesso democrático aos dados também pode impulsionar a chamada à responsabilidade de instituições privadas no compromisso com a equidade de gênero.

Palavras-chave: Estudos urbanos, Estudos de Gênero, Desigualdade, Ciência de Dados, Geoprocessamento, Geoestatística

Síntese do Projeto

INTERFACES COM AS ODS: