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Boletim IEA — 19

por Marilda Gifalli - publicado 25/06/2014 20:10 - última modificação 11/08/2014 11:20

1º a 15 de março de 2003

Livro sobre água ganha edição atualizada

TODAS AS EDIÇÕES
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boletim-iea@usp.br

Estudos Avançados n° 47 terá dossiê sobre São Paulo

• Relatório sobre proposta da OMC para o ensino superior

• Os programas da Cidade do
Conhecimento
no seu terceiro ano

Agenda de eventos abertos ao público

NOTAS
Coleção Documentos – Antropologia Social
Teoria da Computação – Certificados de Curso


 

Livro sobre água ganha edição atualizada

Diante do sucesso alcançado pela primeira edição e a necessidade de incorporar novos dados e sugestões de leitores, foi lançada no final de 2002 a segunda edição do livro "Águas Doces no Brasil: Capital Ecológico, Uso e Conservação", que tem organização e coordenação científica de Aldo Rebouças, Benedito Braga e José Galizia Tundisi. Revista e ampliada e com 704 páginas, a edição contém 22 artigos de 31 especialistas em diversas áreas vinculadas direta ou indiretamente ao uso e conservação dos recursos hídricos do país. No dia 17 de março, às 17h, a edição será lançada no IEA.

A obra recebeu um novo capítulo, que atualiza a abordagem a partir dos fatos ocorridos desde o lançamento da primeira edição, caso da criação da Agência Nacional das Águas (ANA) por meio da Lei nº 9.984/00, cujo objetivo é implementar o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Alguns dos autores revisaram seus textos e a edição final contou com uma leitura técnica de todo o livro feita por Wagner Costa Ribeiro.

As águas doces compreendem chuvas, águas superficiais - fluxos dos rios, lagoas, áreas encharcadas - e águas subterrâneas, além de suas interações com o ambiente natural e com o ambiente antrópico. Praticamente todos os aspectos ligados às águas doces são debatidos no livro, entre eles as questões econômicas, saneamento básico, aspectos institucionais e jurídicos, necessidade de monitoramento, questões culturais e aproveitamento turístico.

O lançamento da segunda edição no dia 17 de março coincide com o período em que se realiza em Kyoto, Japão, o III Fórum Mundial da Água, nos dias 16 a 23. E no dia 22 de março é comemorado o Dia Mundial da Água, que este ano terá um significado especial, pois a Unesco declarou 2003 o Ano Internacional da Água Doce.

Águas Doces no Brasil - Capital Ecológico, Uso e Conservação. Organização e coordenação científica de Aldo Rebouças, Benedito Braga e José Galizia Tundisi. Escrituras Editora, 2002, 2ª edição, 704 páginas, R$ 80,00. Se não for encontrado nas livrarias, o livro pode ser adquirido também no IEA, com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442.

Museu de Ciências apresenta projeto de exposição sobre água

Em seguida ao lançamento do livro "Águas Doces no Brasil", haverá a apresentação do projeto da exposição "Água: uma Viagem no Mundo do Conhecimento", primeira atividade do Museu de Ciências da USP. Será uma mostra de painéis com os principais conceitos que orientaram a elaboração do projeto, desenvolvido por docentes e profissionais de museu de diversas unidades e órgãos da Universidade e pela equipe do Museu de Ciências.

O objetivo dessa primeira exposição é demonstrar a viabilidade do modelo de rede museológica adotado para o Museu de Ciências. A exposição também será mais uma oportunidade de a USP dialogar com a sociedade numa atividade de extensão integradora dos conhecimentos e acervos da instituição. A opção nessa experiência-piloto é o formato de exposição itinerante que percorrerá todos os campi da USP, para que haja um participação ampla de diferentes públicos.

A exposição apresentará de forma criativa o tema da água como geradora e mantenedora da vida. Na forma em que foi planejado o espaço expositivo, o visitante integra-se ao ciclo da água na Terra, assumindo o papel de um molécula percorrendo os diversos suportes naturais (água subterrânea, rios e lagos, estuários, mares e oceanos, geleiras, atmosfera). A partir de informações sobre temas que vão da observação de fenômenos naturais às interpretações dadas pelo ser humano nas diversas ciências, espera-se que o público saia da exposição com um olhar mais apurado e abrangente sobre este elemento essencial para a vida.


 

Estudos Avançados n° 47
terá dossiê sobre São Paulo

Capa Revista Estudos Avançados v17 n47Desemprego, urbanização caótica e dificuldades para o gerenciamento do uso e conservação dos recursos hídricos são três dos principais desafios para a melhoria da qualidade de vida na Região Metropolitana de São Paulo. Esses três aspectos foram escolhidos para compor o dossiê sobre a região da revista Estudos Avançados nº 47, a ser lançado em abril.

Um dos artigos do dossiê é “Pobreza e Espaço: Padrões de Segregação em São Paulo”, de Haroldo da Gama Torres, Eduardo Marques, Maria Paula Ferreira e Sandra Bitar. Os autores utilizam os dados do Censo Demográfico de 2000 e o Sistema de Informação Geográfica (utilização de mapas) para atualizar o debate sobre o padrão de segregação urbana no Brasil. De acordo com eles, o modelo centro-periferia é uma simplificação genérica da forma urbana, como demonstra a heterogeneidade da periferia de São Paulo, situação que acarreta importantes conseqüências para as políticas públicas.

Ainda com relação à questão do espaço urbano, o dossiê terá os textos “Urbanização de Favelas no Guarapiranga”, de Paulo Bastos, e “O Novo Plano Diretor de São Paulo”, de Maria Lúcia Reffineti Martins.

Na área ambiental, o uso e gerenciamento dos recursos hídricos da Região Metropolitana são tratados nos textos “Bacia Hidrográfica do Alto Tietê”, de Ricardo Toledo Silva e Mônica Ferreira do Amaral Porto, e “Cidade e Cidadãos: 100 Anos Destruindo os Rios Paulistanos”, de Ricardo Toledo Neder.

O problema do desemprego em São Paulo (Estado e Capital) é tema dos artigos “Trabalho e Desemprego em São Paulo”, de Walter Barelli, e “O Mercado de Trabalho na Região Metropolitana de São Paulo”, de Marise Borém Pimenta Hoffmann e Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça. O dossiê traz ainda texto de Ecléa Bosi sobre as memórias que os idosos têm da cidade de São Paulo.

Mais: O exemplar de Estudos Avançados custa R$ 18,00 e a assinatura, R$ 40,00. Informações sobre todas as edições, compra de exemplares e sobre como assinar a revista estão em www.iea.usp.br/revista. Se preferir, entre em contato com Edilma Martins, pelos telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442, fax (11) 3091-4306 e 3091-3926 e e-mail estavan@edu.usp.br.

 


 

Relatório sobre proposta da
OMC para o ensino superior

No dia 18 de fevereiro, foi instalada no IEA, por deliberação do Conselho de Cultura e Extensão Universitária (CoCEX) da USP, uma comissão para estudo dos aspectos ligadas à transformação do ensino superior em item de serviço sujeito às normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Essa questão começou quando em 1994 o Acordo Geral de Comércio e Tarifas (GATT) incluiu o ensino superior e outros itens num plano de liberalização comercial progressiva. Em 1998, a OMC considerou a educação como “item de atribuição privada”. Dois anos depois, em reunião no Catar, a OMC solicitou aos países integrantes da organização que apresentassem propostas para a abertura do mercado de educação. EUA, Nova Zelândia, Austrália e Japão já fizeram propostas, que vão desde a eliminação de subvenções governamentais até o estabelecimento de restrições que preservem peculiaridades culturais e qualidade do ensino.

A comissão é coordenada pelo professor Celso Cláudio de Hidebrand e Grisi (Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contáveis) e integrada pelos professores Gerhard Malnic (diretor do IEA), Arlei Benedito Macedo (Instituto de Geociências), Sonia Maria Portella Kruppa (Faculdade de Educação) e Tibor Rabócskay (Instituto de Química). O relatório será produzido até 10 de março e apresentado no dia 20 de março ao CoCEX. O Brasil tem prazo até 31 de março para manifestar se aceita ou não a proposta da OMC.


 

Os programas da Cidade do
Conhecimento
em seu terceiro ano

No início deste ano o projeto Cidade do Conhecimento passou a integrar o projeto SPiN (São Paulo Incubators Network), do qual também fazem parte a Cietec (incubadora de alta tecnologia da USP), Incamp (incubadora de alta tecnologia da Unicamp, associada ao Softex) e Universidade do Vale do Paraíba. O grupo formará a primeira rede no mundo em que a abordagem de incubação de projetos sociais é combinada a sistemas de apoio tecnológico por meio de redes avançadas.

Outros programas da Cidade também apresentam novidades para esse terceiro ano do projeto. O programa Gestão de Mídias Digitais (GMD), financiado pela Secretaria de Governo e Gestão Estratégica do Estado de São Paulo e pela Prefeitura de São Paulo, lançou o boletim "Impressão Digital" (www.cidade.usp.br/impressaodigital), que traz em sua primeira edição o relato da participação de integrantes do programa no Fórum Social Mundial. Destinado a transformar usuários de postos públicos de acesso à Internet em áreas de exclusão social em produtores de conteúdo e gestores de mídias digitais, o programa já desenvolveu idéias como o Geração de Renda, que prevê a criação de um portal virtual que facilite pesquisas sobre geração de renda, como busca de empregos e orientação para elaboração de currículos. O próximo passo será a implementação dessa e de outras idéias.

Já o boletim “Redemoinhos” (www.cidade.usp.br/redemoinhos) traz um relato da conferência “development by design”, ocorrida em Bangalore, na Índia, no final de 2002. Organizada pelo Media Lab do MIT e pelo segundo ano consecutivo com participação de Gilson Schwartz, diretor acadêmico da Cidade do Conhecimento. A conferência surgiu a partir do projeto ThinkCycle, no âmbito do programa Digital Nations do Media Lab, e destina-se à colaboração entre centros de tecnologia e projetos voltados para a área social. Há a perspectiva de a USP receber uma edição do evento este ano.

O Dicionário do Trabalho Vivo entra no segundo ciclo de produção de verbetes e continua com inscrições abertas. O Dicionário funciona como uma fonte de informação sobre trabalho, emprego e gestão de carreira profissional. Os integrantes do programa se dividem em equipes para discutir cada verbete e chegar a uma definição conjunta. As discussões são feitas através de fóruns, chats e um sistema de publicação online, além de contar, em alguns casos, com a participação de professores da USP. Em dezembro foi concluído seu primeiro ciclo de verbetes, que traz definições de termos como Webwriter, Globalização, Educação a Distância, Qualidade de Vida, Gestão do Conhecimento, entre outros. Podem participar do programa empresários, trabalhadores, profissionais desempregados, aposentados, estudantes universitários, do ensino médio e de cursinhos pré-vestibulares.

Outro programa que trará mudanças em 2003 será o Educar na Sociedade da Informação, que inicia sua terceria edição. Voltado para educadores da rede pública de ensino médio e fundamental, em 2002 o curso ofereceu 12 módulos temáticos desenvolvidos através de palestras, oficinas, trabalhos de campo e atividades online em comunidades virtuais.

Mais: www.cidade.usp.br.


 

Agenda de eventos abertos ao público

• 17 de março, 17h
Lançamento da 2ª Edição do livro "Águas Doces no Brasil: Capital Ecológico, Uso e Conservação", seguido da apresentação do projeto da exposição "Água: uma Viagem ao Mundo do Conhecimento", do Museus de Ciências da USP.
Local: Auditório do IEA.

• 18 de março, 14h
Teoria dos Conjuntos e os Fundamentos da Teoria da Computação – Palestra com o lógico Francisco Antonio Doria, professor visitante do IEA.
Local: Auditório do IEA.

• 15 de abril, 10h
O Crescimento da Ciência Brasileira, Fontes de Financiamento e Estresse na Comunidade Científica – "Conferência do Mês" com o bioquímico Leopoldo de Meis, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Local: Auditório do IEA.

Mais: informações pelos telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442, e-mail iea@usp.br.


 

Notas

COLEÇÃO DOCUMENTOS

“O Direito Espacial e as Hegemonias Mundiais”, de José Monserrat Filho e Patrick Salin, é o novo caderno da Série Política da Coleção Documentos. O texto examina aspectos centrais do papel exercido pelas potências hegemônicas nos processos de criação e desenvolvimento do direito espacial. Ao analisar o sistema bipolar (EUA e URSS) inicial até a unipolaridade atual, o texto defende a busca da multipolaridade como elemento inovador para a área espacial. Outro caderno lançado é “Gestão de Recursos Hídricos e Mecanismos Econômicos: Síntese de Algumas Experiências Internacionais”, de Carlos José Saldanha Machado. O texto apresenta descrições de alguns modelos de gestão da água com ênfase em aspectos gerais da estrutura de aplicação de mecanismos econômicos de gestão.

ANTROPOLOGIA SOCIAL

Em abril, a Cátedra Claude Lèvi-Strauss (convênio entre a USP e o Collège de France), sediada no IEA, recebe o antropólogo Philippe Descola, diretor do Laboratório de Antropologia Social do Collège de France e diretor de estudos da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS). Descola foi orientado em seu doutorado sobre os índios Jivaros Achuar (do Equador) por Lèvi-Strauss. Sua especialidade é o estudo antropológico comparativo dos modos de socialização da natureza. Em paralelo, continua a realizar suas pesquisas de campo na Amazônia. Em sua estada na USP, Descola fará palestra sobre invariantes ontológicas e tipos sociocósmicos.

TEORIA DA COMPUTAÇÃO

O lógico Francisco Antonio Doria, professor visitante do IEA, faz a palestra “Teoria dos Conjuntos e os Fundamentos da Teoria da Computação” no dia 18 de março, às 14h, no auditório do Instituto. A teoria axiomática dos conjuntos serve para a fundamentação de teorias em física (mecânica clássica, mecânica quântica, relatividade geral, eletromagnetismo), em economia (teoria dos jogos, teoria do equilíbrio de mercados), em ecologia e outras ciências. A dúvida é se ela serve para fundamentar a teoria da computação. Doria explicará como questões “interessantes e simples, em teoria da computação, levam a sentenças indecidíveis, se a teoria for axiomatizada de modo ‘natural’, com a ajuda da teoria axiomática dos conjuntos”.

CERTIFICADOS DE CURSO

Estão disponíveis os certificados referentes ao curso de extensão cultural “Introdução aos Conceitos e Estruturas da Física Teórica”, ministrado por Francisco Antonio Doria. Os participantes que tiveram freqüência de no mínimo 70% das aulas devem entrar em contato com Alice Perran, pelo telefone (11) 3091-3919. Os certificados devem ser retirados na sede do IEA (Av. Prof. Luciano Gualberto, 374, térreo, sala 15), das 9 às 12h e das 14 às 17h.


 

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
www.usp.br
Reitor: Adolpho José Melfi
Vice-Reitor: Hélio Nogueira da Cruz

INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS
Conselho Deliberativo: Gerhard Malnic (diretor), Alfredo Bosi, Arnaldo Mandel, Hernan Chaimovich, Paulo Evaristo Arns, Pedro Leite da Silva Dias e Yvonne Mascarenhas.

Endereço: Av. Prof. Luciano Gualberto, Travessa J, 374, térreo, 05508-900, São Paulo, SP - iea@usp.br, telefones (11) 3091-3919 e 3091-4442, fax 3031-9563.

Divisão de Comunicação: Mauro Bellesa (editor, MTb-SP 12.739)
Rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, 05508-050, São Paulo, SP
Telefones: (11) 3091-1692 / 3091-1664 — www.iea.usp.br/publicacoes/imprensa/boletim-iea — boletim-iea@usp.br