por Sergio R V Bernardo
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publicado
30/11/2023
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registrado em:
Grupo de Pesquisa Tempo, Memória e Pertencimento
As indipetae eram cartas escritas pelos jesuítas ao seu Superior Geral, solicitando o ingresso nas missões extraeuropeias, geralmente chamadas de "Índias". Geralmente elaborados por jovens jesuítas, contêm narrativas acerca da história pessoal e do caminho de formação de cada um. Elas representam um corpo documental único para estudos históricos em diferentes facetas, desde a dimensão autobiográfica, a história das missões, a história cultural e social etc, até a história das ciências.
Agora disponível como um recurso de acesso aberto e gratuito, o Banco de Dados Digital Indipetae do Institute for Advanced Jesuit Studies do Boston College (EUA) reúne as indipetae da Antiga e da Nova Sociedade, digitalizações das cartas originais que estão armazenadas no Archivum Romanum Societatis Iesu em Roma e em outros arquivos jesuítas.
Neste seminário, o professor Emanuele Colombo, responsável pelo Banco Digital, ilustrou a importância dessa documentação para a historiografia moderna; a organização do Digital Indipetae Database; e o modo de sua construção através da colaboração de um extenso time internacional. Francisco Malta Romeiras, do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia de Lisboa, evidenciaou o valor das cartas indipetae na perspectiva da historiografia das ciências.
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por Sergio R V Bernardo
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publicado
24/10/2023
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Grupo de Pesquisa Tempo, Memória e Pertencimento
Neste encontro, Guilherme Galhegos Felippe demonstrou que os saberes ditos tradicionais, comumente associados às populações indígenas, possuem suas formas próprias de interação e engajamento com o meio e com os seres a ele associado, mantendo-se a uma distância do pensamento moderno, que não é apenas de ordem técnica ou empírica, mas epistemológica.
Assim, defende o expositor, para além dos transtornos práticos e técnicos, o que realmente ocasionou adversidades na empresa apostólica entre os jesuítas e os indígenas foi o distanciamento provocado pela ontologia do naturalismo moderno que, além de negar a possibilidade de os nativos não a compartilharem, ignorava a capacidade de possuírem seu próprio sistema de relações não cartesianas, dualistas e objetivistas.
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