"Um passeio narrativo numa tentativa de construir uma 'cartografia da mémoria' no universo das representações dos holocaustos e seus significados reais e simbólicos". Assim Gonzalo Leiva Quijada, professor do Instituto de Estética da Pontifícia Universidade Católica do Chile, define a conferência Memórias e Holocaustos no Chile, que fará no dia 28 de outubro, às 17h, no IEA, com transmissão ao vivo pela internet.
Marcio Seligmann-Silva, do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, e Paulo Endo, do Instituto de Psicologia (IP) da USP, serão os debatedores do evento, que será realizado em espanhol, sem tradução. A conferência é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Direitos Humanos, Democracia, Política e Memória. Para participar é preciso se inscrever previamente via formulário online.
Mapeamento
Para realizar esse exercício de mapeamento, Quijada seguiu algumas orientações e consultou vários textos. Da literatura, ele escolheu algumas obras que figuram entre "os melhores romances escritos em espanhol" nos últimos 50 anos: "2666", de Roberto Bolaño, e o diálogo entre "Crematorio", de Rafael Chirbes, e “Racimo”, de Diego Zúñiga.
A partir do exame dessas obras, Quijada irá analisar os filmes “Botón de Nácar”, de Patricio Guzmán, e “Tony Manero”, de Pablo Larraín, para finalmente fazer uma leitura de "La Memoria del Paisage", trabalho fotográfico de Gastón Salas, e do livro "El Umbral del Olvido", de Samuel Shatz.
Quijada explica que essas obras são componentes axiais que possibilitam construir um mapa imaginário biopolítico: "São marcas que expressam uma memória construída como território de poder ético e estético".
Imagem: Mabel Vargas/Wikimedia
Memórias e Holocaustos no Chile
28 de novembro, 17h
Sala de Eventos do IEA, rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo
Evento gratuito, aberto ao público e em espanhol, sem tradução - Inscrições via formulário online
Transmissão ao vivo pela internet
Mais informações: com Sandra Sedini (sedini@usp.br), telefone: (11) 3091-1678