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O desafio da democracia participativa no Brasil, Portugal e Espanha

por Sylvia Miguel - publicado 18/02/2016 18:15 - última modificação 25/02/2016 15:28

Terceiro encontro sobre desafios à democracia, organizado pelo IEA em colaboração com o IRI-USP, debate a crise de representatividade num momento em que o mundo desperta para a ação participativa.

O desafio da democracia participativa será o tema do terceiro encontro do Laboratório Megatendências Globais e Desafios à Democracia do IEA, coordenado pelo cientista político português e ex-professor visitante do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP, Álvaro de Vasconcelos. Os debates acontecem dia 26 de fevereiro, das 10h às 18h, na Sala de Eventos do IEA, com transmissão ao vivo pela internet. Para participar é necessário realizar inscrição prévia por e-mail (sedini@usp.br).

O Desafio da Democracia Participativa: Brasil, Portugal, Espanha mantém aberta uma discussão iniciada em junho de 2015 com O Desafio do Nacionalismo Identitário e seguido por O Desafio da Hospitalidade: Emigrantes e Refugiados, em outubro. Os convidados se alternam em diversas mesas temáticas, as quais serão moderadas pelo professor Pedro Dallari, diretor do Instituto de Relações Internacionais da USP, Martin Grossmann, diretor do IEA, e pelo próprio Vasconcelos.

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Vídeo:

O Desafio do Nacionalismo Identitário

O Desafio da Hospitalidade: Emigrantes e Refugiados

 

A crise da representação  e a exigência da participação; redes sociais e ação cívica; e as artes e a exigência da participação serão alguns dos temas expostos.

“Num ano assistimos a numerosos indícios de uma crise profunda da democracia representativa e a uma contestação quase universal dos partidos que a têm sustentado. Exemplos marcantes desta tendência são a crise política brasileira, as eleições em Portugal e na Espanha, além das primárias americanas com o surgimento à direita e à esquerda de candidatos ditos ‘antisistema’”, diz o professor Vasconcelos.

Segundo ele, que é especialista em assuntos de segurança internacional, a exigência de participação social é consequência de uma tendência global para o empoderamento dos cidadãos que questionam o monopólio político e cultural das instituições tradicionais.

Para Vasconcelos, os cidadãos cada vez mais defendem uma democracia e uma cultura mais participativa, o que reflete na própria ação da sociedade civil, na informação e na cultura digital, propiciando o desenvolvimento das redes sociais.

Paralelamente à participação política, há “uma enorme perda de popularidade pelas instituições democráticas e, paradoxalmente, o desinteresse pelos processos políticos”.

O cientística político acredita que o sistema democrático tem dificuldades em responder às exigências de participação cidadã, e a consequência disso é a polarização extrema e o crescimento do populismo, que são “graves fatores de desintegração e ameaças para o futuro da democracia”.

Outras questões que deverão ser encaminhadas durante os debates são: o impacto político e cultural da exigência de participação social; a capacidade dos sistemas políticos da Europa e do Brasil de se adaptarem às exigências de participação e garantir as necessárias formas de representação; as lições tiradas das recentes eleições em Portugal e Espanha; o balanço das experiências brasileiras de democracia participativa; as formas de ação da sociedade civil na era da sociedade da informação; ou ainda, a análise do impacto da cultura digital sobre o futuro da democracia.

"Tendências: A crise da representação e a exigência da participação" é o tema de abertura, que terá a moderação do professor Pedro Dallari. Entre os palestrantes, são aguardadas as participações do ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP; da professora Helcimara Telles , da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Juliana Fratini (ASA Comunicação), além dos professores Geraldo Adriano de Campos, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e Massimo Canevacci (IEA).

Programação

(programação preliminar)

10h – abertura - Martin GrossmannÁlvaro Vasconcelos

10h30 – Mesa 1 - Tendências: A crise da representação e a exigência da participação

Moderador: Pedro Dallari

Expositores: Renato Janine Ribeiro e Álvaro Vasconcelos

12h – Almoço

14h – Mesa 2 - Redes sociais e ação cívica

Moderador: a definir

Expositores: Helcimara Telles (UFMG), Juliana Fratini (ASA Comunicação) e Gabriel Silva (MPL)

15h30 – Mesa 3 - As artes e a exigência da participação

Moderador: Martin Grossmann

Expositores: Diogo de Moraes (SESC SP), Geraldo Adriano de Campos (ESPM e Cátedra Edward Said - Unifesp),Massimo Canevacci (IEA)

17h - Conclusões e recomendações

Álvaro Vasconcelos, Renato Janine Ribeiro, demais participantes

 


 

O Desafio da democracia  participativa: Brasil, Portugal, Espanha
Dia 26 de fevereiro, das 10h às 18h
Sala de Eventos do IEA. Rua Praça do Relógio, 109, bloco K, 5º andar, Cidade Universitária, São Paulo.
Com t
ransmissão ao vivo pela web

Informações e inscrições: Sandra Sedini (sedini@usp.br), telefone (11) 3091-1686
Ficha do evento: http://www.iea.usp.br/eventos/o-desafio-da-democracia-participativa-brasil-portugal-espanha