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Programa Embaixadores da Saúde Planetária reunirá mais de 200 alunos

por Letícia Martins Tanaka - publicado 29/01/2021 16:40 - última modificação 01/02/2021 10:54

Alunos de graduação e pós-graduação de vários estados brasileiros irão desenvolver atividades para disseminação dos conceitos de saúde planetária em suas universidades

Ao todo 232 discentes de diversas cidades do Brasil iniciarão no dia 1º de fevereiro suas participações no Programa Embaixadores da Saúde Planetária 2021, criado pelo Grupo de Estudos Saúde Planetária do IEA. Em encontro online, o coordenador do grupo Antônio Saraiva irá apresentar os primeiros delegados brasileiros e dará as diretrizes para os próximos meses e atividades. A reunião será aberta ao público e terá transmissão ao vivo, às 18h.

A proposta do programa é orientar alunos de graduação e pós-graduação a criar uma rede de estudantes para disseminar os conceitos da saúde planetária em suas universidades e comunidades locais. Esta nova área de estudo entende que a saúde do planeta e a qualidade da vida humana estão intimamente relacionados. Dessa forma, a  saúde planetária busca pesquisar e encontrar soluções para as questões da sustentabilidade e da qualidade da vida de maneira integrada, transdisciplinar e global.

Para participarem da seleção, os alunos enviaram ao projeto uma carta de motivação e um plano de trabalho. "Tivemos inscrições de praticamente todos os estados (com exceção de Acre, Roraima e Amapá) e muitas candidaturas do interior do Brasil. Essa diversidade também é representada em relação aos cursos, com muitas áreas de estudo sendo representadas. Cerca de 70% dos candidatos são estudantes de graduação, muitos dos quais nos primeiros anos de curso”, afirmou o doutorando e membro do grupo de pesquisa, Fernando Xavier.

Xavier é um dos coordenadores do programa, juntamente às professoras Tatiana de Camargo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Denise Fungaro, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen);  Nelzair Vianna, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA) e Raquel Santiago, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Mesmo sendo a primeira edição do programa no Brasil, as atividades propostas foram diversificadas, englobando a produção de material didático e podcasts, realização de palestras, cursos, campanhas educacionais, oficinas, entre outras.

O grupo de coordenadores irá ajudar e mentorear os embaixadores no desenvolvimento de projetos, encontros e atividades que os alunos elaboraram. Além disso, serão oferecidas  palestras para discutir temas e conceitos da saúde planetária, uma vez que a maior parte dos selecionados não é de áreas relacionadas ao tema, segundo o coordenador. O projeto é inspirado no Programa de Embaixadores da Planetary Health Alliance (PHA), organização da qual a USP faz parte, cujo objetivo é apoiar estudantes a realizar atividades de discussão sobre saúde planetária.

“Acreditamos ser uma ótima oportunidade de aproximar e integrar estudantes de diversas áreas e localidades do Brasil, criando uma rede que pode aumentar o potencial das atividades que já são realizadas ou que pretendemos realizar”, disse Xavier. Na opinião dele, a criação de uma rede de estudantes e mentores em torno de um tema é uma ótima forma de aproximar estudantes de instituições distantes geograficamente, além de uma boa oportunidade de ‘quebrar’ os muros que muitas vezes separam os nossos departamentos.