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Pesquisa internacional expõe o panorama global dos institutos de estudos avançados

por Nelson Niero Neto - publicado 08/06/2020 17:35 - última modificação 10/06/2020 10:29

Britta Padberg - PerfilApós visitar, nos últimos anos, mais de 30 institutos de estudos avançados na Ásia, América Latina, Europa, Austrália e Estados Unidos — entre eles, o IEA-USP —, a pesquisadora alemã Britta Padberg publicou em maio o artigo “The Global Diversity of Institutes for Advanced Study” na revista italiana Sociologica. Os institutos pesquisados são vinculados à rede global Ubias, atualmente coordenada pelo IEA.

Gestora do Centro para Pesquisa Interdisciplinar (ZiF, na sigla em alemão) da Universidade de Bielefeld desde 2008, Padberg tem formação em história e em antropologia biológica. Seus principais interesses de pesquisa estão relacionados à interdisciplinaridade e ao desenvolvimento das universidades e da ciência.

Conversando com diretores e colaboradores sobre as estratégias, missões e valores dos institutos, ela reuniu aspectos relacionados ao funcionamento e autonomia em relação às universidades onde estão sediados, além da contribuição destes espaços para a pesquisa. “Os institutos de estudos avançados têm desempenhado um papel notável no desenvolvimento das universidades e das ciências”, diz no artigo. Padberg ainda aborda os desafios futuros destes centros de pesquisa.

Em relação à América Latina, a pesquisadora reforçou que os institutos têm uma “responsabilidade especial” com o desenvolvimento político e social de seus países, com a democracia, e na mediação entre a ciência e a sociedade. Ao destacar o IEA como o maior e mais antigo instituto da região, Padberg citou o intuito traçado em sua fundação, em 1986, de ser um espaço de liberdade acadêmica e intelectual. “Com o fim da ditadura militar em 1985, as universidades buscavam um novo começo e esforçaram-se em desenvolver as relações internacionais na academia”, escreveu.