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Diretor, vice-diretora e vários pesquisadores do IEA agora são articulistas do Jornal da USP

por Mauro Bellesa - publicado 19/08/2022 12:25 - última modificação 23/08/2022 10:31

O diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski, a vice-diretora, Roseli de Deus Lopes, e quatro pesquisadores do Instituto fazem parte da seção Articulistas, lançada este mês pelo Jornal da USP. Eles contribuirão com artigos mensais para o jornal, ao lado de outros professores e pesquisadores da Universidade.

Os pesquisadores do IEA participantes da seção são: Marcos Buckeridge, coordenador do Centro de Síntese USP Cidades Globais; Lourdes Sola, professora sênior do Instituto; Gislene Aparecida dos Santos, coordenadora do Grupo de Pesquisa das Periferias (nPeriferias); e Elaine Santos, pós-doutoranda no Centro de Síntese USP Cidades Globais.

Já contribuíram com a seção Plonski, com o artigo "Avançados em quê?", Gislene Aparecida, com o texto "A metáfora do trem e políticas públicas para equidade de gênero", e Elaine, com o artigo "A liberação do mercado de lítio no Brasil: qual é a estratégia?".

Estudos avançados

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Guilherme Ary Plonski

Em seu primeiro artigo, Plonski trata do tom adequado para avaliação do papel dos IEAs e das universidades. Ele informa que irá compartilhar, em seus artigos mensais, reflexões sobre o valor da universidade e, em particular, inquirir sobre o papel dos institutos de estudos avançados ligados a instituições universitárias.

Ele é professor titular do Departamento da Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), professor associado do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica (EP), coordenador científico do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica e vice-coordenador do Centro de Inovação da USP.

Foi diretor superintendente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e coordenador da rede internacional de Institutos de Estudos Avançados Vinculados a Universidades (Ubias, na sigla em inglês), da qual o IEA faz parte.

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Gislene Aparecida dos Santos

Igualdade racial

No artigo que inicia sua participação no Jornal da USP, Gislene Aparecida afirma que, "para a equidade racial e o aumento da representatividade negra, o que importa não é o que cada um entende ser e sim o modo como é visto pelos outros (a sociedade) e o que essa mesma sociedade, com suas hierarquizações, estabelecerá, a priori, como papéis adequados para o grupo de pessoas com o mesmo fenótipo".

Gislene Aparecida é professora associada do curso Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) e leciana também no Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Faculdade de Direito (FD).

Além do nPeriferias, ela coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas das Políticas Públicas para a Inclusão Social (Geppis) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each). É especialista em direitos humanos, estudos decoloniais, equidade racial e de gênero, diversidade, discriminação racial, racismo e políticas públicas para grupos socialmente vulneráveis.

Elaine SantosIndústria de lítio

Segundo Elaine, o Brasil tem potencial para ser um dos grandes produtores de lítio (metal alcalino importante para a produção de baterias recarregáveis). Ela lembra que, para estabelecer sua indústria de lítio, o país deixou a cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) as atividades de industrialização, importação e exportação de minerais de lítio e seus derivados, legislação revogada em julho pelo Decreto 11.110. Para ela, no entanto, o foco da estratégia brasileira “deveria estar na criação de uma cadeia de valor e na competitividade do lítio e não na liberalização do mercado”.

Elaine é socióloga e licenciada em geografia. Fez seu mestrado em energia na Universidade Federal do ABC e o doutorado na Universidade de Coimbra, Portugal. Atualmente é pós-doutoranda do Centro de Síntese USP Cidades Globais, no qual pesquisa os impactos da transição energética no Brasil e em Portugal a partir da exploração de matérias-primas consideradas estratégicas. Entre seus temas de discussão está a relação entre ciências naturais e geopolítica.

Fotos (a partir do alto): 1 e 2, Leonor Calasans/IEA-USP; 3, arquivo pessoal de Elaine Santos