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6 professores da USP recebem o Prêmio Trajetória pela Inovação 2019

por Mauro Bellesa - publicado 03/12/2021 14:26 - última modificação 03/12/2021 14:26

Prêmio Trajetória pela Inovação 2019 - 1º/12/2021
Professores premiados (a partir da esq.): Guilherme Ary Plonski e Marco Henrique Terra; e os representantes de Benedicto Wladermir de Martin (José Soares Ferreira Neto), Ivanildo Hespanhol (Alexandra Hespanhol) e José Carlos Pettorossi Imparato (Giulio Gavini); Myriam Krasilchik foi representada pelo diretor da Faculdade de Educação, Marcos Garcia Neira

Os professores Benedicto Wlademir de Martin (FMVZ), Guilherme Ary Plonski (FEA, EP e IEA), José Carlos Pettorossi Imparato (FO), Marco Henrique Terra (EESC), Myriam Krasilchik (FE) e, in memoriam, Ivanildo Hespanhol (EP) receberam o Prêmio Trajetória pela Inovação 2019 em cerimônia na Sala do Conselho Universitário no dia 1º de dezembro.

Concedido pela Reitoria, Pró-Reitoria de Pesquisa e Agência USP de Inovação, o prêmio é um reconhecimento pela excelência dos resultados de pesquisas e ações atingida pelos laureados em suas contribuições para inovações científicas, tecnológicas ou culturais, cooperando assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do país. A cerimônia da premiação referente a 2019 ocorreu este mês devido aos impedimentos provocados pela pandemia para que se realizasse em abril de 2020.

Participaram da solenidade o reitor Vahan Agopyan, o vice-reitor Antonio Carlos Hernandes, o pró-reitor de Pesquisa, Sylvio Canuto, a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Aparecida Machado, o diretor da Agência USP de Inovação, Marcos Nogueira Martins, dois premiados (Guilherme Ary Plonski e Marco Henrique Terra) e representantes dos outros quatro (Benedicto Wlademir de Martin, José Carlos Pettorossi Imparato, Ivanildo Hespanhol e Myriam Krasilchik). Coube a Plonski fazer o discurso de agradecimento pelos seis agraciados.

Ele destacou o fato de o adiamento da cerimônia ter permitido que ela ocorresse apenas um dia depois de o Conselho Universitário aprovar a Política de Inovação da USP, que deverá ser revisada no prazo máximo de um ano pela nova gestão da Universidade, que terá início com a posse dos novos reitor e vice-reitor em de janeiro.

Interdisciplinaridade

Plonski observou que a busca de maior interdisciplinaridade é "um desafio ainda presente na USP e no meio universitário brasileiro em geral", além de uma das diretrizes do IEA desde sua criação há 35 anos. Afirmou que o Instituto tem dado atenção especial nos anos recentes em atividade que contribuam para o incremento da interdisciplinaridade também na graduação, em particular na formação voltada ao ensino de ciências, por intermédio da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica, parceria do IEA com o Itaú Social.

Uma das variáveis-chave para o êxito nas inovações mais ousadas "é uma bem cuidada transformação cultural", disse. "Por isso, é importante reconhecer que mudanças dessa natureza não podem ser feitas 'por decreto'. Requerem escuta, diálogos e investimento paciente – certamente de tempo e, quando necessário, também de recursos materiais". Plonski saudou a acolhida e o envolvimento da Pró-Reitoria de Graduação nesse movimento: "Temos convicção de que essa participação ativa prosseguirá na próxima gestão".

A essência da inovação é criar realidades novas, tenha a inovação ênfase tecnológica, social, educacional, cultural, sanitária, artística, administrativa ou qualquer outra pela qual se queira segmentá-la, segundo ele. "O vigor da ideia-força da inovação depende, primeiro e acima de tudo, da capacidade de estabelecer e manter conexões robustas e honestas entre agentes diversos, constituindo o que alguns chamam de ecossistemas de inovação. Tão fácil de entender, tão desafiador conseguir", afirmou.

Novas demandas

Plonski concluiu propondo uma reflexão sobre a inovação do futuro: "No Brasil e no mundo, por várias décadas, ligávamos inovação à geração de empregos e ao crescimento econômico. Agora também esperamos da inovação resultados 'inclusivos', resultados 'sustentáveis' e, nestes tempos de COP26, resultados 'verdes'.

Isso é o que parcelas crescentes da sociedade esperam da inovação, inclusive os gestores públicos, disse.  Frisou, no entanto, que a satisfação dessa demanda depende de respostas a duas questões: "Como incorporar essas novas expectativas nas políticas públicas voltadas à inovação? E qual a métrica adequada para verificar não apenas o quanto geramos de inovação, mas também para que e para quem ela foi gerada?".