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Violência e autoritarismo na relação social do brasileiro

por Sylvia Miguel - publicado 13/10/2016 16:50 - última modificação 19/10/2016 10:47

As contradições da cultura do chamado “povo cordial” é tema de debate no dia 21 de outubro
Trabalho infantil

Formas de violência são tema debatido no dia 21 de outubro na antiga Sala do Conselho Universitário

A afirmação de que a sociedade brasileira é autoritária e violenta contradiz a ideia do brasileiro cordial. Os estudos históricos têm mostrado cada vez mais os paradoxos de uma cultura marcada pela violência, seja no seu passado escravocrata, no extermínio dos índios ou na expulsão das populações rurais do campo para as periferias das cidades e a não incorporação dessa população à vida urbana e a seus benefícios como saúde, educação, emprego, moradia, direitos sociais e outros.

Os mecanismos de produção da violência e os modos de lidar com a questão serão o foco do VII Seminário Integração-Serviço-Pesquisa Política Pública CREN-UNIFESP-IEA, proposto pelo Grupo de Pesquisa Nutrição e Pobreza do IEA.

Marcado para o dia 21 de outubro, das 9h às 17h, o debate traz como tema A Produção da Violência, Família e Educação. Gratuito e aberto ao público, requer inscrições via formulário e terá transmissão ao vivo pela internet. O encontro acontece na antiga Sala do Conselho Universitário.

As formas de ocupação do espaço urbano pelas populações mais pobres revelam o aumento da violência nos vários âmbitos da vida social. As periferias urbanas, as favelas, os cortiços e outros tipos de ocupações clandestinas são o resultado de relações sociais marcadas por conflitos sociais não resolvidos.

A formação histórica dos grupos e classes sociais no Brasil, bem como do próprio estado nacional, repercutem na atual constituição do tecido urbano e na composição dos núcleos familiares. Com isto, o grupo de pesquisa propõe problematizar o entendimento das formas de violência e suas causas dentro das relações familiares e escolares, bem como na organização dos serviços públicos e nas políticas públicas.

O debate buscará focar também o lugar da educação como espaço de reprodução da violência, bem como de discussão e transformação das experiências e possibilidades sociais.

Imagem: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Programação

8h30

 

Registro dos participantes

9h

Abertura

Ana Lydia Sawaya (IEA/UNIFESP)

9h15

Apresentação

Mariangela Belfiore Wanderley (IEA/PUC SP) e Sandra Maria Sawaya(IEA e FE USP)

9h45

Velhas Violências: Novas Formas de Expressão

Sílvia Leser de Mello (IP-USP)

10h15

Educação e Território: a Construção do Vínculo Entre Escola e Comunidade

José dos Santos Silveira (EMEF Prof. Antônio Duarte de Almeida – SMESP)

10h45

A experiência Escolar como Possibilidade de Suspensão da Violência”

José Sergio Fonseca de Carvalho (IEA e FE-USP)

11h15

Intervalo

11h30

Debate

12h30

Almoço

13h30

Grupos de Trabalho

  1. O que se entende por violência? Quais as possíveis causas da violência e do seu aumento na contemporaneidade?
  2. Qual a participação da formação e da educação no entendimento da produção da violência? E no encontro de soluções para os problemas da violência que vitimiza principalmente crianças e adolescentes das camadas populares?

15h

Plenária

16h

Encerramento

 


A Produção da Violência, Família e Educação
21 de outubro, das 8h30 às 17h
Antiga Sala do Conselho Universitário, Rua da Praça do Relógio, 109, térreo, Cidade Universitária, São Paulo
Aberto ao público e gratuito; inscrição via formulário.— Transmissão ao vivo pela internet
Informações: Sandra Sedini (sedini@usp.br), telefone (11) 3091-1678
Página do evento: http://www.iea.usp.br/eventos/a-producao-da-violencia-familia-e-educacao