Titular
2023
Suzana Herculano-Houzel
- Crédito: Joe Howell, Vanderbilt University.
Professora associada aos departamentos de Psicologia e Ciências Biológicas da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, fez graduação em biologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde foi professora associada do Instituto de Ciências Biomédicas entre 2002 e 2016.
É mestre pela Universidade Case Western Reserve University (EUA) e doutora pela Universidade Pierre e Marie Curie (atualmente integrada à Universidade Sorbonne, França). Fez pós-doutorado pelo Instituto Max-Planck de Pesquisa do Cérebro, na Alemanha.
Foi a primeira brasileira a receber o Scholar Award da Fundação James Mc Donnell para financiar sua pesquisa. Seu principal campo de pesquisa é neuroanatomia comparada. Atualmente, seu principal interesse é a interseção entre metabolismo cerebral, crescimento, desenvolvimento, sono, cognição e expectativa de vida.
Herculano-Houzel já publicou uma série de artigos científicos. É também conhecida por seu trabalho sobre divulgação científica. Em seu livro mais recente, A Vantagem Humana – Como Nosso Cérebro se Tornou Superpoderoso (Cia das Letras, 2017), defende que o consumo de alimentos cozidos pelo homo sapiens permitiu que o cérebro humano se tornasse mais bem desenvolvido que o de outros primatas e mamíferos.
Conseguiu comprovar, com o médico Roberto Lent, da UFRJ, que o cérebro humano adulto tem 86 bilhões de neurônios. Até então, a ciência achava que tínhamos 100 bilhões.
É colunista quinzenal da Folha de S.Paulo desde 2006 e também já participou de programas de TV.
2022
Muniz Sodré
Considerado o mais proeminente especialista em comunicação do país, o sociólogo Muniz Sodré foi escolhido em agosto de 2021 para ser o primeiro titular da Cátedra Otavio Frias Filho de Estudos em Comunicação, Democracia e Diversidade.
Professor emérito e um dos fundadores da Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRG), Sodré nasceu São Gonçalo dos Campos, Bahia, em 1942. Graduou-se em direito na Universidade Federal da Bahia UFBA), tornou-se mestre em sociologia da informação e comunicação pela Universidade Sorbonne, França, e doutor em letras pela UFRJ, onde também obteve o título de livre-docente em comunicação. Fez sua pesquisa de pós-doutorado na Universidade Sorbonne e atuou como pesquisador colaborador na Universidade de Tampere, Finlândia.
Trabalhou como tradutor no governo da Bahia e depois como jornalista no Jornal do Brasil e na revista Manchete. Deixou o jornalismo em 1974 para se dedicar à carreira acadêmica. Dirigiu a TV Educativa e foi presidente da Biblioteca Nacional.
É o pesquisador brasileiro em comunicação com maior número de citações. Escreveu 45 livros, três deles de ficção. Em maio lançou “A Sociedade Incívil: Mídia, Iliberalismo e Finanças” (2021). Outros de seus livros mais recentes são “Pensar Nagô” (2017), “A ciência do Comum: Notas para o Método Comunicacional “ (2015), “Reinventando a Educação - Diversidade, Descolonização e Redes” (2012) e “As Estratégias Sensíveis - Afeto, Mídia e Política” (2006).
Sodré é membro da Academia Baiana de Letras e tem atuação destacada também na pesquisa sobre a cultura afro-brasileira e sua defesa e na luta contra o racismo.