Victor Kinjo

Victor Uehara Kanashiro (Victor Kinjo) é cantor, compositor e pesquisador nascido em São Paulo. Bacharel em Economia pela Universidade de São Paulo e em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, é Mestre em Sociologia e Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, onde defendeu a tese “Cantos da Memória Diaspórica: representações, (des)identificações e performances de Mishima a Okinawa” (2015).

Após o doutoramento, co-fundou o sítio SAMAUMA, espaço de pesquisa, ensino e criação em artes e ecologia localizada em meio à Mata Atlântica na Serra do Mar (Mogi das Cruzes-SP). Nesse espaço rural em fluxo com o urbano, desenvolveu pesquisa criativa em artes performativas e concebeu seu primeiro disco, KINJO (Matraca/YB Music, 2017), pelo qual foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira 2018 como Melhor Cantor (Regional) e apresentou-se em festivais, centros culturais e universidades do Brasil, Japão e Estados Unidos. Dentre eles, destacam-se a Universidade de Harvard, Universidade de Nova York, TEDx Campinas, UFPB, SESC, Itaú Cultural, Japan House, VI World Uchinanchu Festival, Boston Green Festival, United Nations Forum for Indigenous Issues.

Trabalhando de modo transdisciplinar, na intersecção entre pesquisa científica e artística, tem publicado artigos e capítulos de livros, mesclando etnografia, métodos quali-quanti e pesquisa-ação baseada em arte, e realizado shows, performances e obras audiovisuais.

No Instituto de Estudos Avançados, é pesquisador de pós-doutorado no Centro de Síntese USP Cidades Globais desenvolvendo o projeto “A revitalização de rios em cidades globais: desafios de São Paulo e experiências internacionais”, sob supervisão do Professor Pedro R. Jacobi e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP - 2019/02074-8). E orienta o projeto de iniciação científica “Narradores do Tietê”, de Tiago Viudes Barboza (Letras/USP) também com o apoio da FAPESP (2019/22193-1).

PROJETO DE PESQUISA NO IEA-USP PROGRAMA CIDADES GLOBAIS

Título do Projeto: A Revitalização de Rios em Cidades Globais: Desafios de São Paulo e Experiências Internacionais

Supervisor: Prof. Dr. Pedro Roberto Jacobi

Período: 2019 a 2021.

A revitalização de rios urbanos é um dos grandes desafios para a melhoria da qualidade de vida e sustentabilidade nas cidades globais. A bibliografia sobre o tema indica experiências bem sucedidas de despoluição de rios em grandes metrópoles do mundo e a emergência de políticas e práticas inovadoras que integram dimensões ambientais, sociais, culturais e econômicas na revitalização de rios urbanos. Em São Paulo, no entanto, apesar dos avanços nas últimas décadas, o problema da poluição e abandono sociocultural de rios e córregos urbanos ainda está longe de ser resolvido.

Esse projeto propõe uma investigação interdisciplinar sobre cultura, políticas socioambientais e práticas de governança para rios e córregos urbanos na região metropolitana de São Paulo e em outras cidades globais, sendo divido em três etapas. Na primeira etapa, está sendo realizado levantamento de dados, pesquisa de campo e análise dos principais avanços e desafios do “Projeto de Despoluição do Rio Tietê”, além de mapeamento e estudo de iniciativas de governos municipais e sociedade civil da macrometrópole paulista. Na segunda etapa, a partir de identificação e mapeamento de políticas socioambientais em cidades globais, serão realizados dois estudos de caso de experiências de governança da água e processos inovadores na revitalização ambiental e sociocultural de rios urbanos do mundo. Na terceira etapa, será realizado o Fórum “Como revitalizar o rio Tietê?”, reunindo pesquisadores, gestores públicos e privados, e lideranças da sociedade civil, tendo como objetivo promover diálogo e gerar um documento com ações e propostas para a revitalização do Tietê e rios urbanos de São Paulo. A pesquisa integra o Projeto Temático Fapesp 2015/03804-9 “Governança Ambiental da Macrometrópole Paulista face às Mudanças Climáticas”, coordenado pelo Prof. Pedro R. Jacobi.

Palavras-chave: rios urbanos;  cultura e sustentabilidade;  serviços ecossistêmicos; pesquisa baseada em artes e governança ambiental.

Interfaces com as ODS: