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Fatores que Condicionam e Determinam a Saúde das Populações Expostas aos Poluentes Atmosféricos Advindos do Espaço Urbano e Regiões Metropolitanas

por Sandra Sedini - publicado 09/08/2022 11:35 - última modificação 15/08/2022 08:05

Detalhes do evento

Quando

de 25/08/2022 - 10:00
a 25/08/2022 - 12:00

Onde

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Simpósios USP Cidades Globais 2022 (3º encontro)

Em 2019, a poluição do ar foi considerada pela Organização Mundial da Saúde a maior causa ambiental de adoecimentos e mortes no mundo. A carga global de doenças atribuíveis à poluição do ar é semelhante a outros grandes riscos globais à saúde, como dieta pouco saudável e tabagismo. De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a poluição do ar é considerada o quinto fator de risco para as doenças crônicas não transmissíveis, sendo as que mais acometem a população.

A atividade antrópica intensifica a poluição do ar com o lançamento contínuo de grandes quantidades de substâncias poluentes na atmosfera, acarretando no aumento de doenças e agravos à saúde. Se as previsões feitas no Relatório Mundial das Cidades 2022 se confirmarem, a população mundial em 2050 será 68% urbana. No contexto brasileiro, essa proporção já foi ultrapassada: de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, em 2015, 84,72% já vivia em áreas urbanas - um movimento que continua a se intensificar.

Em virtude desta crescente urbanização, no contexto da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, e acordos de desenvolvimento global, como o acordo de Paris, há o entendimento de que as cidades podem ser a fonte de soluções para os desafios a serem enfrentados pelo mundo atual, a partir de mudanças nos padrões de desenvolvimento urbano, com a participação de governos locais.

O uso do espaço urbano, as opções de mobilidade, o planejamento da funcionalidade das cidades, as condições de moradia, são alguns dos fatores que condicionam e determinam a saúde das pessoas, e representam um desafio para o setor da saúde. Consoante a isso, as proposições de políticas públicas para o espaço urbano, devem ser interdisciplinares e intersetoriais, considerando os efeitos sobre a saúde humana e a qualidade de vida da população.

Posto isto, o presente Simpósio Interno busca dialogar com fatores que condicionam e determinam a saúde das populações expostas aos poluentes atmosféricos advindos do espaço urbano e regiões metropolitanas. Assim, a partir da perspectiva acadêmica, do planejamento urbano, e da perspectiva das políticas públicas para a saúde, pretende-se compreender como esses aspectos podem alicerçar soluções sustentáveis urbanas visando a promoção da saúde.

Este encontro contribuirá como subsídio às diretrizes nacionais para a atuação da vigilância em saúde ambiental e qualidade do ar nas cidades e regiões metropolitanas, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde, visando a construção de uma cultura de sustentabilidade socioambiental.

Coordenação e Organização da atividade: Juliana Wotzasek Rulli Villardi, Elaine Santos e Laryssa Tarachucky (pesquisadores do USPCG-IEA-USP)

Transmissão:

Acompanhe o evento online em www.iea.usp.br/aovivo

Inscrições

Evento on-line | Sem inscrição prévia

Programação

10h – Abertura e moderação

Juliana Wotzasek Rulli Villardi (USPCG-IEA-USP)

Mesa redonda:

10h10 - Poluição Atmosférica e Saúde nas cidades: perspectiva acadêmica

Nelson Gouveia (IEA/USP)

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo. Mestrado em Epidemiologia e Doutorado em Saúde Pública pela London School of Hygiene and Tropical Medicine - University of London. É Professor Titular do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Foi Vice-Presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, e é membro de seu Grupo Temático de Saúde e Ambiente. Tem atuado em diversos comitês técnico-assessores do Ministério da Saúde. Tem experiência na área de Epidemiologia e Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: poluição do ar, mudanças climáticas, poluição eletromagnética, contaminação química, poluição das águas e sistemas de informação geográfica.

10h40 - Planejamento urbano e saúde de uma perspectiva intersetorial e integrada: o caso da Estratégia Municipal de Saúde de Coimbra (Portugal)

Ângela Freitas (Universidade de Coimbra)

Licenciada em Geografia, Ordenamento do Território e Desenvolvimento e Mestre em SIG e Ordenamento do Território. Doutora em Geografia Humana - Saúde Urbana no Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Coimbra, Portugal. Desde 2012, está envolvida em projetos científicos na área da geografia da saúde e equidade em saúde, em nível nacional e internacional. Sua pesquisa se concentra na ligação entre lugar, políticas e equidade em saúde, a partir de uma perspectiva espacial e de políticas públicas. Pesquisadora visitante no Institute of Urban and Regional Development at University of California, Berkeley (EUA, 2018).

11h10 - Poluição atmosférica e saúde nas cidades: perspectiva de políticas públicas

Juan José Castillo (OPAS)

Especialista em Saúde Ambiental com sólida experiência na avaliação dos impactos na saúde da poluição do ar e das mudanças climáticas para apoiar o desenvolvimento de políticas ambientais e os processos de tomada de decisão. Concentra-se no uso de pesquisas e evidências de última geração para desenvolver capacidades entre autoridades governamentais em nível nacional e municipal, liderar o envolvimento das partes interessadas e desenvolver parcerias estratégicas para acelerar ações para promover uma sociedade mais sustentável, saudável e equitativa. Perito Regional BenMAP-CE.

11h40 às 12h - Debate