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Amálgamas Culturais e Representações Imagéticas na Província Jesuítica do Paraguai

por Cláudia Regina - publicado 26/08/2021 09:10 - última modificação 24/09/2021 14:54

Detalhes do evento

Quando

de 31/08/2021 - 14:30
a 31/08/2021 - 16:30

Onde

ON-LINE

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11 3091-1686

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As representações imaginéticas remanescentes dos pueblos fundados no século XVII, nos territórios então chamados de “Província do Paraguai” (espaço geográfico que atualmente abarca parte dos estado do Rio Grande do Sul e do Paraná, Paraguai, parte da Argentina, Uruguai e Bolivia) por religiosos da Companhia de Jesus, junto com um variado conjunto de etnias indígenas e com a predominância de guaranis, constituem um acervo de cultura material indicativo dos processos de ressignificação religiosa, apropriação de técnicas e simbologias, amálgama das contribuições europeias e indígenas. No território dos Trinta Povos ou Reduções, imagens da Virgem, Jesus, anjos e santos estavam presentes no interior das igrejas, em retábulos e altares, sob a forma de pinturas e esculturas; no exterior, talhadas em pedra grés e expostas nos nichos do edifício; nas capelas, internas ao povoado e nas capelas-posto, nas áreas de cultivo e criação pecuária; nas celebrações e procissões; nos altares e oratórios de hospitais e cotiguaçus; nas casas das famílias indígenas, no formato de estampas, medalhas e esculturas de culto comum e uso individual. Tais representações testemunham a sensibilidade e interpretação dos artistas ameríndios quanto aos dogmas e a iconografia católica europeia bem como a circularidade cultural entre os preceitos religiosos indígenas e inacianos. Consideradas sob a ótica da história cultural e da arte, essas representações imaginéticas podem iluminar aspectos relevantes do complexo processo de cristianização de nativos realizado pela Companhia de Jesus.

Perpassando o século XIX, as imagens acompanharam a movimentação de inúmeros grupos missioneiros, remanescendo como referências em coleções de museus no interior do Rio Grande do Sul e do Uruguai, afora os espaços expositivos nas adjacências dos antigos pueblos. Hoje, os acervos iconográficos presentes em museus e, em muitos casos, nas casas de descendentes dos processos de miscigenação de longa duração histórica, entre missioneiros e povoadores de diversas procedências americanas e continentais, expõem a permanência desse processo cultural e simbólico de amálgama.As representações imaginéticas remanescentes dos pueblos fundados no século XVII, nos territórios então chamados de “Província do Paraguai” (espaço geográfico que atualmente abarca parte dos estado do Rio Grande do Sul e do Paraná, Paraguai, parte da Argentina, Uruguai e Bolivia) por religiosos da Companhia de Jesus, junto com um variado conjunto de etnias indígenas e com a predominância de guaranis, constituem um acervo de cultura material indicativo dos processos de ressignificação religiosa, apropriação de técnicas e simbologias, amálgama das contribuições europeias e indígenas. No território dos Trinta Povos ou Reduções, imagens da Virgem, Jesus, anjos e santos estavam presentes no interior das igrejas, em retábulos e altares, sob a forma de pinturas e esculturas; no exterior, talhadas em pedra grés e expostas nos nichos do edifício; nas capelas, internas ao povoado e nas capelas-posto, nas áreas de cultivo e criação pecuária; nas celebrações e procissões; nos altares e oratórios de hospitais e cotiguaçus; nas casas das famílias indígenas, no formato de estampas, medalhas e esculturas de culto comum e uso individual. Tais representações testemunham a sensibilidade e interpretação dos artistas ameríndios quanto aos dogmas e a iconografia católica europeia bem como a circularidade cultural entre os preceitos religiosos indígenas e inacianos. Consideradas sob a ótica da história cultural e da arte, essas representações imaginéticas podem iluminar aspectos relevantes do complexo processo de cristianização de nativos realizado pela Companhia de Jesus.

Inscrições

Evento público e gratuito | sem inscrição prévia

Não haverá certificação

Programação

Expositora:

Jacqueline Ahlert (Universidade Federal Passo Fundo)

Debatedor:

Márcio Luís Fernandes (PUC -Paraná)

Evento com transmissão em: http://www.iea.usp.br/aovivo