Chuvas Extremas: Drenagem Urbana e Paisagem

Simpósios USP Cidades Globais

O simpósio, realizado em formato online, trouxe considerações sobre as mudanças do marco legal do saneamento no Brasil e as implicações para o futuro da gestão da drenagem urbana. A apresentação começou contextualizando a drenagem como a “prima pobre” do sistema de saneamento, tendo em vista as dificuldades nas estratégias de financiamento e como isso traz consequências danosas ao planejamento de médio e longo prazo. Foram apresentados estudos de caso e práticas de gestão que ressaltam o caráter reativo e oportunista das intervenções urbanístico-ambientais, associando ao problema crônico das inundações na região metropolitana de São Paulo.

O convidado trouxe uma visão inovadora do problema, em que foi exposto que “a impermeabilização do solo urbano não é a causa primária das inundações”, mas sim uma questão de “alocação de espaço”; culmina-se este tópico com a pergunta: “se ocupamos o espaço das águas, onde colocaremos as águas que sazonalmente estarão presentes?”.

Também foi apresentado um panorama histórico dos eventos de inundação e destacado o agravamento dos eventos nas últimas décadas, com a necessidade de se pensar em soluções inovadoras para lidar com a situação, evitando-se adotar práticas de parcelamento, uso e ocupação do solo que não estejam conectadas com as diferenças culturais do Brasil em relação aos demais países. Para o palestrante, a solução passa por “modificarmos nossa relação com a água na cidade”.

Coordenação e Organização do simpósio: Gpes 4 / Gpes 6

Pesquisadores responsáveis: Rosane Segantin Keppke (Gpes 4), Filipe Antonio Marques Falcetta (Gpes 6), Maria Cecília Lucchese (Gpes 6)

Supervisores: Amarilis Lucia Casteli Figueiredo Gallardo e Arlindo Philippi Jr.

Link com a gravação: https://youtu.be/Lr7A0jvvRek

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